Se você nasceu na capital sul-mato-grossense, ou foi adotado pela cidade nos últimos anos, com certeza já caminhou pela ‘14’ – como é chamada – que cruza importantes vias, como as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso.
E, claro, isso significa que muito provavelmente você também já visitou comércios que disputam a clientela, na região. O espaço é muito procurado por quem quer investir no centro de Campo Grande, principalmente entre as avenidas já citadas.
-
Não fez seu RG ainda? Veja aqui como é fácil solicitar o novo documento
Obras recentes, inauguradas há quase cinco anos – em novembro de 2019 – transformaram o local e deram ainda mais comodidade aos pedestres.
Mas, neste domingo, 14 de julho, a pergunta é: por que uma das ruas comerciais mais antigas de Campo Grande tem a data como nome?
Bom, o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, mesmo citando outras versões populares, afirma que a nomeação foi antes da ferrovia, quando o vereador Miguel Garcia Martins, em homenagem à queda da Bastilha, propôs o nome de 14 de Julho para nossa principal artéria de hoje, que era chamada simplesmente de BECO, porque ali existia apenas um trilheiro deserto, curto e sem saída.
E o que foi a queda da Bastilha?
Significou um marco histórico para a humanidade, quando os franceses se insurgiram contra a tirania real, iniciando o movimento conhecido como Revolução Francesa, que tanto influiu no comportamento dos povos ocidentais.
Curiosidades sobre a 14 de julho
A rua 14 de Julho recebeu seu primeiro calçamento no final dos anos 1920, pelo processo inaugurado na Inglaterra, no século dezenove, o macadame (de Mac Adam, inventor da técnica de pavimentação de estradas, durante a Revolução Industrial, que consistia numa mistura de pedra britada com saibro, e compressão por máquinas pesadas, adicionando um pouco de piche ou massa asfáltica quente e pó de pedra por cima).
No cruzamento com a avenida Afonso Pena, foi inaugurado, no dia 23 de agosto de 1933, às 9 horas, o famoso relógio.
O local, na época, se transformou no grande ponto de referência da cidade. Ali foram realizadas grandes reuniões e comícios políticos.
Um dia, resolveram demolir o relógio em homenagem ao progresso. No ano 2000, por ocasião do centenário de Campo Grande, uma réplica foi inaugurada na esquina da Av. Afonso Pena com a Av. Calógeras.
Em 2019, durante as obras de requalificação da 14 de Julho, no lugar original do monumento, foi instalada uma escultura projetada com perfis metálicos que reproduzem todos os detalhes do relógio (é o pode ser visto na foto que está no início da matéria).