A economia americana surpreendeu e o PIB do país cresceu mais do que se previa no último trimestre. Anualizado, está crescendo a 2,8%. O número é importante devido não só ao óbvio impacto sobre as taxas de juros por lá, que, por sua vez, tem muito impacto sobre as taxas de juros aqui.
É uma espécie de consenso geral apostar que as taxas de juros por lá serão cortadas mais duas ou três vezes ainda neste ano. Mas o impacto mais relevante parece ser o da política, especificamente o impacto sobre as eleições americanas – que são hoje o maior risco geopolítico do mundo.
Mesmo com a economia crescendo, a inflação americana vem cedendo. A questão é saber de que maneira essa atmosfera positiva dos números se reflete na formação de voto dos eleitores.
Até aqui, Joe Biden e, por tabela, a candidata democrata Kamala Harris são na briga eleitoral os vilões da subida do custo de vida para o americano médio, que não tomou conta das estatísticas.
Economia – leia-se inflação – é um tema fundamental, especialmente naqueles poucos estados americanos nos quais vai ser decidida a eleição presidencial. Até novembro, quando se encerra a votação, esses números se traduzem de que maneira para as campanhas de Donald Trump e Kamala Harris?
Uma série de tendências indica que a economia americana deverá ir bem no próximo e nos anos seguintes, baseada em investimentos em infraestrutura e indústria de transformação. Quem vencer as eleições leva também um bom começo de governo.
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