Companhia exalta arte e cultura feita por travestis em Campo Grande


Grupo em Campo Grade exalta a arte e a cultura feita por travestis. A “De Trans para Frente” se intitula a primeira companhia composta apenas por pessoas trans e travestis no estado e está prestes a estrear o primeiro espetáculo cênico.

Integrantes do “De Trans para Frente”. (Foto: Reprodução/Instagram)

Fundadora e diretora criativa da companhia, Emy Mateus Santos conta que o grupo nasceu há dois anos, para valorizar o trabalho das travestis no meio artístico e cultural da capital.

Desde então, as integrantes da companhia realizam uma série de ações culturais pela cidade. Atualmente, cinco artistas travestis integram a “De Trans para Frente”.

“Trabalhamos com arte e cultura, não só o teatro, não só a dança, mas também através de performances, de intervenções, de ações sociais, culturais, palestras para a comunidade, sempre de forma gratuita”.

Emy Mateus Santos, diretora artística do “De Trans para Frente”.

Entre os temas que perpassam as discussões da companhia estão o cuidado de si e do outro.

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Integrantes do “De Trans para Frente”. (Foto: Reprodução/Instagram)

Além de Emy compõem a “De Trans para Frente” as artistas Yara Maria, Gal Guilherme Garcia Talento/Vendaval, Kiara Kido e Maia Gauna. As produções audiovisuais do grupo ficam por conta de Kaique Andrade, que é fotógrafo e videomaker trans.

Culto das Travestis

Nos últimos meses, a companhia tem trabalhado na produção do espetáculo “Culto das Travestis”, que tem previsão de estreia no final de agosto. A obra aborda o preconceito, dramas e desafios enfrentados por pessoas trans.

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Treino aberto de uma das ações da “De Trans para Frente”. (Foto: Reprodução/Instagram)
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“É um espetáculo que vai abordar o cuidado e culto às nossas identidades, a quem nós somos, as nossas histórias, a nossa ‘travestilidade’, a nossa ancestralidade. Esse ‘culto’ perpassa a performance, a dança, o teatro. Traz à tona essa proposição do que é sagrado e profano e vários outros temas de uma forma muito poética e muito sensível”.

Emy Mateus Santos, diretora artística do “De Trans para Frente”.

Integrante da companhia desde o início deste ano, a estudante de psicologia Gal Garcia vê no teatro um mundo de possibilidade.

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Treino aberto de uma das ações da “De Trans para Frente”. (Foto: Reprodução/Instagram)

“O teatro é realidade, criação, sonho e representação. Através da arte teatral consigo acessar um lugar de Resposta as diversas violências e dificuldades e prazeres de ser uma travesti brasileira pela poética e potência do meu corpo”.

Gal Garcia Vendaval, integrante da “De Trans para Frente”.

Vaquinha virtual

As artistas preveem estrear o espetáculo entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, na Plataforma Cultural da Esplanada Ferroviária.

Mas para isso, elas precisam custear os itens da cenografia da peça. Interessado em contribuir com o projeto, podem fazer doações para a vaquinha através deste link.





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