Nos últimos dias, a fumaça resultante das queimadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tem chegado ao sul do Brasil, transportada pela circulação dos ventos. De tão densa, a fumaça pode ser vista claramente por imagens de satélite, evidenciando a gravidade da situação. Veja a imagem abaixo:
Segundo a Agência Climatempo, o inverno no Brasil é particularmente crítico para as queimadas. Durante essa estação, a baixa umidade do ar e a predominância de massas de ar seco se combinam, criando um ambiente altamente inflamável.
A redução das chuvas faz com que a vegetação perca umidade, tornando-se extremamente suscetível ao fogo. Além disso, a umidade relativa do ar frequentemente cai abaixo de 20%, condições ideais para a propagação rápida dos incêndios.
Queimadas em 2024
Dados recentes do programa BDqueimadas, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostram um aumento alarmante nos focos de queimadas no Brasil nos primeiros sete meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.
- Mato Grosso do Sul teve aumento de 1.138 focos em 2023 para 5.354 em 2024.
- Mato Grosso subiu de 7.541 em 2023 para 11.242 em 2024.
Transporte da fumaça
Os ventos em 850 hPa, aproximadamente 1.500 metros acima do nível do mar, tem papel crucial.
A Cordilheira dos Andes atua como uma barreira natural, alterando os padrões de vento e direcionando a fumaça para o Sudeste, afetando áreas como o Sudeste e Sul do Brasil.
O Andes acaba bloqueado a umidade vinda do pacífico, o que contribui para seca durante o inverno no continente. Essa seca aumenta a possiblidade de queimadas, que consequentemente são transportadas pelos ventos.
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