O trabalhador campo-grandense é o que mais gasta para comer fora de casa na região Centro-Oeste, segundo pesquisa divulgada pela ABTT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador).
O valor da refeição média completa em Campo Grande – prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho – é de R$ 53,24, valor 8% mais caro que no ano passado.
Levando em conta o valor do salário médio da região, estimado em R$ 3.589,00, o trabalhador do Centro-Oeste gasta em média R$ 902,66 ou 25% do seu salário médio.
Campo Grande está à frente de Cuiabá (R$ 46,40); Brasília (R$ 46,16) e Goiânia (R$ 37,18) como as cidades onde a refeição pesa mais no bolso do trabalhador na região Centro-Oeste.
Conforme a pesquisa, o preço mais alto entre as capitais foi registrado em Florianópolis (SC) que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11,00 maior do que a média nacional.
Outros destaques são o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67.
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Para a ABBT, o resultado da pesquisa reforça a importância do PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador) enquanto propicia, e até induz, a compra de uma alimentação saudável e com qualidade nutricional.
A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício.
As empresas que aderem ao PAT conquistam isenção de encargos sociais e dedução fiscal. Atualmente, o PAT beneficia mais de 22 milhões de trabalhadores de aproximadamente 300 mil empresas. Uma rede conveniada de 800 mil estabelecimentos em todo o Brasil atende aos trabalhadores beneficiados.
Metodologia
O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total, foram pesquisadas 51 cidades, com 5640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em pesquisa de mercado.