Durante uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (9), os representantes da Voepass afirmaram que a aeronave modelo ATR-72 que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, possuía uma sensibilidade maior ao gelo.
“A aeronave tem características de voo que a tornam um pouco mais sensível em situações de gelo. Nenhuma hipótese é descartada nesse momento. O Cenipa já está em ação e nós estamos lado a lado para prover todas as informações e participando ativamente das investigações”, disse Marcel Moura, diretor de operações da Voepass.
A formação de gelo nas asas da aeronave tem sido uma das hipóteses levantadas por especialistas que poderiam explicar a queda.
Neste caso, o que pode ter ocorrido com a aeronave é a formação de gelo nas asas e nos comandos de modo a afetar as características de voo, resultando numa perda de sustentação que leva a uma perda de altitude de forma não controlada.
“O avião é sensível ao gelo, é um ponto de partida, mas ainda é muito precoce qualquer tipo de conclusão em relação ao evento”, completou Moura.
O avião, que transportava 57 passageiros e quatro tripulantes, saiu da cidade de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em SP.
A aeronave fazia sua segunda viagem nessa sexta-feira, e estava programado para mais duas.
As investigações serão conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A Polícia Federal também vai apurar o acidente.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a aeronave estava com a manutenção em dia.
A Voepass informou também que todos os clientes que tinham viagens marcadas para essa sexta-feira e para sábado (10) foram comunicados sobre o acidente.
De acordo os representantes, algumas pessoas suspenderam as viagens programadas com a empresa. A Voepass tem 15 aviões comerciais em operação no país.
A companhia também informou que já acionou a seguradora para todo suporte ser dado aos passageiros.
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