A chefe da missão de observação do Carter Center, Jennie Lincoln, disse na quarta-feira (8) em entrevista à AFP que “não há provas” de ataque hacker eleitoral na Venezuela.
Diferentes autoridades venezuelanas haviam denunciado, sem apresentar provas, um suposto “ataque cibernético” ao sistema de transmissão de dados eleitorais como um dos motivos do atraso na publicação dos registros de votação da eleição de 28 de julho.
O Carter Center era uma das poucas instituições independentes autorizadas a monitorar as eleições venezuelanas.
Numa entrevista anterior à CNN, em 1° de agosto, Lincoln alertou que a falta de transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) comprometeria a aceitação das eleições presidenciais da Venezuela, apesar da capacidade de tornar públicos os resultados caixa a caixa. “Eles poderiam ter sido liberados como recebidos”, explicou.
“Há sempre a possibilidade de corrigir um erro, e é isso que o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano precisa fazer e eles têm a capacidade, têm os dados, têm a capacidade para o fazer. isso determinará o destino desta eleição”, disse Lincoln.
Chanceler venezuelano rejeita declarações
O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Yvan Gil, rejeitou as declarações da chefe da missão de observação do Carter Center, Jennie Lincoln, de que “não há provas” de um ataque hacker eleitoral na Venezuela.
.@CarterCenter Todo el trabajo y prestigio que construyó en Presidente Jimmy Carter es lanzado a la basura por esta asalariada del Departamento de Estado. La Sra. Jennie Lincoln miente descaradamente, ninguna de sus palabras se corresponden con la realidad ni la legalidad… pic.twitter.com/ju203eiuZh
— Yvan Gil (@yvangil) August 8, 2024
Gil garantiu que “não voltarão”, referindo-se ao fato de um grupo de observadores eleitorais estar presente em vários locais da Venezuela durante a votação de 28 de julho.
Lincoln liderou uma equipe e a missão do Carter Center foi a maior já permitida no país.
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