Nesta quarta-feira (21), Cuiabá completa 126 dias sem chuva. A capital vem registrando baixa umidade relativa do ar e muitas cidades de Mato Grosso registram índices preocupantes.
Somado à época de seca, vem junto as queimadas, e é importante tomar alguns cuidados com a saúde.A previsão de chuva é a partir do dia 22 de setembro, na estação Primavera. Assim a chuva deve retornar gradativamente.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mostra que a última chuva caiu na capital em 17 de abril, quando houve 4.30 mm de precipitação. De acordo com o BDQueimadas, sistema de monitoramente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do dia 20 a 21 de agosto, foram registrados 459 focos de calor em Mato Grosso.
A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.
A seca em Mato Grosso tem deixado as cidades encobertas por grande quantidade de fumaça e o pneumologista Clóvis Botelho alerta que as queimadas das vegetações emitem gases altamente tóxicos para as vias respiratórias, assim como as de lixo urbano que emitem substâncias cancerígenas.
No vídeo abaixo ele alerta que as queimadas das vegetações podem provocar ou agravar doenças respiratórias, e que não existe forma de se proteger da fumaça e das poluições, então a orientação para que as pessoas procurem ficar em ambientes fechados e climatizados, além de aumentarem o consumo de água.
Sobre os gases, o médico esclarece que seus efeitos são mais agudos. Quando inalados em grande quantidade, a toxina pode causar uma espécie de queimadura na via aérea. Tudo depende do tempo de exposição e quantidade de gás inalado. Os danos podem ser graves, agudos e causar a morte.
“É importante falar também sobre as queimadas dos lixos urbanos. As pessoas juntam lixo no quintal, que além de folhas de árvores, plástico, e queimam. Esses materiais se transformam em fumaça e emitem substâncias cancerígenas. O efeito é muito pior”, alerta.
Bombeiros em campo
Nessa terça-feira (20) o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso afirmou que há 17 incêndios sendo combatidos. Em Santo Antônio do Leverger, 11 bombeiros, com apoio de um avião, se dividem na Barra do Aricá e Fazenda Tamandaré para fazer o combate das chamas.
No Pantanal, 63 bombeiros estão distribuídos na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço; no km 16 da Transpantaneira, na Fazenda Cambarazinho e Porto do Triunfo, em Poconé; e na divisa com a Bolívia e em Porto Conceição, em Cáceres.
Nesses locais, os militares contam com um avião, 16 viaturas, 11 máquinas, quatro barcos e um caminhão-pipa.
Dentro do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (Parna Pantanal), brigadistas do ICMBio e do Ibama combatem um incêndio próximo à divisa da Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Dorochê.
O Parque Estadual Serra Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade, e em Rosário Oeste, na Fazenda Aliança, também a incêndios sendo combatidos, assim como na Reserva do Cabaçal e Tangará da Serra; na Estrada da Guia (MT-010), em Cuiabá; na Fazenda Araras, em Alto Garças; na Fazenda Renascer, em Alto paraguai; na Fazenda Luz do Luar, em Juína; no Sítio Salvador, em Aripuanã; na Apa Nascente do Rio Paraguai, em Diamantino; e na região do Quilombo Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento.
Segundo orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), o nível de umidade no ar para conforto humano é em torno de 60%. Devido as altas temperaturas, é necessário beber muita água e usar roupas mais leves é imprescindível, assim como o protetor solar.
