A guerra na Ucrânia continua a se intensificar, com novos desenvolvimentos em várias frentes. De acordo com o analista sênior de Internacional da CNN Américo Martins, a Rússia está avançando significativamente no leste da Ucrânia, enquanto as forças ucranianas tentam manter suas posições após recentes ofensivas na região de Kursk.
As autoridades russas afirmaram ter detido uma nova tentativa de invasão por parte de militares ucranianos em seu território nos últimos dias.
O incidente teria ocorrido na cidade de Bryansk, localizada a aproximadamente 250 km de Kursk.
Segundo os russos, unidades de inteligência e de elite das forças ucranianas teriam tentado realizar atos de sabotagem na fronteira para facilitar uma invasão, mas foram impedidas pelas tropas russas.
Zelensky visita tropas na fronteira
Em resposta à situação, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou as tropas na região de Sumy, que faz fronteira com a Rússia.
Durante a visita, Zelensky reafirmou a intenção de manter uma “área tampão” na região para evitar possíveis ataques russos a partir de Kursk, área recentemente ocupada pelas forças ucranianas.
Entretanto, nem todas as notícias são favoráveis à Ucrânia. A cidade de Pokrovsk, localizada no leste do país, na região de Donbass, está sendo evacuada devido ao avanço das tropas russas.
Pokrovsk é considerada um importante centro logístico para o exército ucraniano, sendo utilizada para movimentação de tropas, armamentos e suprimentos para a linha de frente.
Impacto estratégico da possível queda de Pokrovsk
A possível perda de Pokrovsk para as forças russas representa uma séria ameaça à logística ucraniana na frente de batalha no leste do país.
Américo Martins destaca que, se a cidade for tomada, como parece provável, a capacidade de abastecimento e movimentação das tropas ucranianas será significativamente comprometida.
Estes eventos demonstram que, apesar dos avanços ucranianos em algumas áreas, a Rússia mantém uma forte pressão no leste da Ucrânia, indicando que o conflito está longe de uma resolução e que ambos os lados continuam a buscar vantagens estratégicas no campo de batalha.