A tarde desta quarta-feira (4) foi marcada por um impressionante pôr do sol alaranjado na Capital. No entanto, a causa da variação na cor do fenômeno é motivo de preocupação para os moradores de Campo Grande.
O professor Widinei Fernandes, do QualiAr (Laboratório de Ciências Atmosféricas) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), explica que o sol adquire essa coloração devido à quantidade de poluentes presentes na atmosfera.
“Isso significa que há na atmosfera partículas e gases capazes de promover o espalhamento da luz. A luz que menos se espalha e, portanto, chega ao observador (fotógrafo) é a vermelha. Por isso o sol parece avermelhado.”
-
Incêndio destrói vegetação, depósito de recicláveis e casa em Campo Grande
-
MS 40 ºC: estado terá mais um dia com calor de rachar
Fernandes detalha que, quanto mais intensa for a cor do sol, maior a quantidade de partículas de poluição no ar.
“É uma foto bonita, mas o que está por trás do fenômeno não é nada bom”, alerta o professor.
Segundo ele, a previsão é de que a situação piore em Campo Grande e outras cidades centrais de Mato Grosso do Sul nos próximos dias.
“A previsão é que amanhã seja o pior dia para Campo Grande. A chegada de uma frente fria vai deslocar muita poluição para cá.”
Onda de calor
A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande emitiu um alerta de alta severidade para a onda de calor que atinge a Capital nesta quarta-feira (4).
“A população deve estar atenta, pois o aviso classifica a situação como ‘perigosa’, devido à baixa umidade relativa do ar, que deve variar entre 20% e 12% ao longo do dia”, destacou a Defesa Civil em nota.
Com a umidade em níveis críticos, o risco de incêndios em Campo Grande aumenta. Além disso, o calor e a seca podem resultar em problemas como ressecamento da pele, irritação nos olhos, boca e nariz, além de desidratação.
A Defesa Civil orienta que, em caso de dúvidas ou emergências, a população pode entrar em contato pelo telefone 199.