O papa Francisco empossará 21 novos cardeais de vários países do mundo, anunciou ele neste domingo, em uma medida inesperada para influenciar o poderoso grupo de religiosos que um dia escolherá seu sucessor.
A cerimônia para empossar os novos nomeados, conhecida como consistório, será realizada no dia 8 de dezembro, disse o papa durante sua oração semanal ao meio-dia diante de peregrinos e turistas na Praça de São Pedro.
Será o 10º consistório convocado pelo papa desde sua eleição, há 11 anos, como o primeiro pontífice da América Latina.
Os novos cardeais vêm de países diversos, como Argentina, Brasil, Chile, Peru, Itália, Reino Unido, Sérvia, Japão, Indonésia, Canadá, Costa do Marfim e Argélia.
A lista contém 20 que têm menos de 80 anos e, portanto, podem votar no conclave para eleger um novo papa após a morte ou renúncia de Francisco.
Apenas um do grupo está acima do limite de idade — um arcebispo italiano de 99 anos, nomeado em agradecimento por seus serviços à Igreja. Por outro lado, Mykola Bychok, da Igreja Greco-Católica Ucraniana, tem apenas 44 anos, o que o tornará o cardeal mais jovem.
No início do próximo ano, haverá 140 cardeais eleitores, quase 80% deles escolhidos por Francisco. Isso aumenta a possibilidade de que o próximo papa compartilhe sua visão de uma Igreja mais progressista e inclusiva.
Tecnicamente, a lei da Igreja limita o número de cardeais eleitores a 120, mas os papas recentes frequentemente ultrapassaram esse número. Quatorze cardeais completarão 80 anos em 2025, incluindo um nomeado neste domingo.
Francisco sempre nomeou cardeais eleitores de países distantes de Roma, dando menos importância do que seus antecessores às nações europeias.
