O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, reagiu à expedição pela Corte de Haia de uma ordem de prisão ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Em conversa com a CNN, o representante diplomático afirmou que o Tribunal Penal Internacional (TPI) passa por um “momento sombrio” e que “perdeu toda a legitimidade”.
“Esse tribunal emitiu mandados absurdos e não autorizados contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, apesar de Israel nem ser membro do tribunal”, afirmou.
Para o embaixador, os mandados de prisão são “um ataque ao direito de Israel de se proteger”, o que estimula atuações violentas.
“Nações decentes e todas as pessoas morais do mundo devem rejeitar inequivocamente essa injustiça. Cada ato absurdo como esse é mais um revés na luta de Israel para trazer de volta os 101 reféns que ainda estão detidos na Faixa de Gaza”, afirmou.
Em um comunicado divulgado nesta semana, o tribunal sediado em Haia, na Holanda, disse ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo “fome como método de guerra” e “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
Israel, assim como os Estados Unidos, não é membro do TPI. A Autoridade Palestina, no entanto, é signatária do Estatuto de Roma que estabeleceu o TPI e se juntou como o Estado da Palestina.
O tribunal também emitiu um mandado para o oficial do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, também conhecido como Mohammed Deif, que Israel diz ter sido um dos mentores do ataque de 7 de outubro. Israel disse que o matou em um ataque aéreo em setembro, mas o Hamas não confirmou sua morte.