O homem suspeito de ordenar a morte de Jackson Peixoto Rodrigues, considerado um dos maiores criminosos do Rio Grande do Sul, dentro da Penitenciária Estadual de Canoas, foi transferido nesta quinta-feira (28) para uma penitenciária federal de segurança máxima.
Rafael Teles da Silva, conhecido no meio criminoso como “Sapo”, foi transferido em uma operação conjunta das Polícias Penal e Civil do Rio Grande do Sul. Segundo fontes ligadas à ação, o detento será levado para a Penitenciária Federal de Brasília.
Em nota, a Polícia Penal do RS confirmou a transferência do preso e disse que Rafael já deixou o estado.
“A Polícia Penal informa que, no dia 7 de outubro, foi deferida a inclusão de Rafael Teles da Silva no Sistema Penitenciário Federal (SPF). No último dia 21, a Secretaria Nacional de Políticas Penais confirmou e agendou a remoção para esta quinta-feira (28/11), o que ocorreu dentro do previsto. O apenado já deixou o Rio Grande do Sul”, afirma a nota.
Rafael é apontado pela polícia como um dos líderes de uma facção criminosa rival ao grupo de Jackson Peixoto Rodrigues. Ele é investigado por ser o mandante do assassinato do desafeto.
O assassinato
No último sábado (23), Jackson, conhecido como “Nego Jackson”, levou sete tiros dentro da cela onde estava preso.
De acordo com a polícia, outro detento usou uma pequena janela na porta para efetuar os disparos. A principal suspeita é de que um drone tenha levado a arma até o presídio.
De acordo com apuração da CNN, presos de diferentes facções ficavam em uma mesma galeria, mas em celas diferentes e com portas de ferro. Uma pequena janela que fica na porta, foi utilizada por um criminoso para efetuar os disparos.
Segundo uma fonte ouvida pela CNN, os agentes realizavam uma “chamada” para a contagem dos presos quando o detento deixou sua cela e foi para o corredor da galeria. Em vez de retornar após responder “presente”, ele abriu a janela da cela onde Jackson estava e efetuou vários disparos.
Após o episódio, o vice-governador do Rio Grande do Sul , Gabriel Souza, disse que houve uma falha na segurança da penitenciária e que as forças de segurança estão investigando como a arma entrou no presídio.
