Morre Silvia Pinal, lenda do cinema e da televisão mexicana, aos 93 anos

CNN Brasil


Silvia Pinal, uma lendária atriz mexicana que estrelou o icônico “Viridiana” de Luis Buñuel, morreu na quinta-feira (28), de acordo com a rede Televisa-Univision e autoridades governamentais. Ela tinha 93 anos.

Nascida em 1931 na cidade de Guaymas, no noroeste do México, Pinal foi uma das principais atrizes da “Era de Ouro” do cinema mexicano em meados do século XX, ao lado de estrelas como Pedro Infante, Germán Valdés “Tin Tan”, Cantinflas e Arturo de Córdova.

A secretária de Cultura do México, Claudia Curiel de Icaza, lamentou a morte da atriz nas redes sociais, chamando-a de “uma pioneira no teatro, abrindo caminho para as gerações futuras”.

“Seu legado como artista e sua contribuição para nossa cultura são inesquecíveis”, escreveu Curiel de Icaza. “Que ela descanse em paz”.

Uma de suas filhas, Sylvia Pasquel, disse no início desta semana que Pinal estava em tratamento intensivo enfrentando complicações de uma infecção urinária.

Pinal começou no cinema quando tinha 18 anos, interpretando um pequeno papel no filme de 1949 “Bamba”.

Ao longo de sua carreira de seis décadas, ela estrelou dezenas de filmes produzidos no México, EUA e Europa. A mexicana ganhou fama internacional por seus papéis em três filmes do lendário cineasta Luis Buñuel, primeiro em “Viridiana” (1962), a primeira produção hispano-mexicana a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, e depois em “Simão do Deserto” (1965) e “O Anjo Exterminador” (1967).

Pinal também estrelou o filme de ação mexicano-americano de 1969 “Shark!” ao lado de Burt Reynolds.

Além do cinema, Pinal teve carreiras de sucesso em teatro musical e televisão, como atriz e produtora. Ela produziu a popular telenovela “Mujer, casos de la vida real”, que foi ao ar por mais de 20 anos, até 2007.

Emilion Azcarraga, presidente do conselho da principal empresa de televisão mexicana Grupo Televisa, onde Pinal trabalhou por décadas e que fez uma série baseada em sua vida, prestou homenagem à atriz nas redes sociais.

“É triste nos despedirmos da diva da Era de Ouro do cinema, teatro e televisão mexicanos, e ao mesmo tempo nos enche de orgulho ter compartilhado tantos anos de aprendizado com ela no que sempre foi e sempre será sua casa na Televisa”, disse Azcarraga.

Pinal também se envolveu na política mexicana como integrante do Partido Revolucionário Institucional, com o qual conquistou cadeiras na Câmara dos Deputados do México, no Senado e na assembleia local da Cidade do México.

Pinal foi casada quatro vezes e teve quatro filhos, incluindo a cantora de rock Alejandra Guzmán.

A beleza de Pinal foi capturada em cada quadro e está imortalizada em um retrato pintado por Diego Rivera, um dos maiores representantes do muralismo no México.



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