O assessor da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, se reuniu na noite de sexta-feira (27) com o chanceler da Venezuela, Yván Gil. O encontro aconteceu a menos de 48 horas das eleições presidenciais do país.
Enviado à Venezuela pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar o processo eleitoral do país, Amorim chegou a Caracas no começo da noite. O encontro com o ministro das Relações Exteriores de Nicolás Maduro foi o primeiro da agenda, logo após a chegada.
No encontro, descrito para a CNN como “rápido” e “protocolar”, Amorim falou sobre a “importância do processo democrático” e da Venezuela para o Brasil e para a região. O assessor também transmitiu ao chanceler de Maduro o desejo de que tudo transcorra da melhor maneira.
De acordo com o ministro venezuelano, no encontro ambos abordaram a “relevância do pleito” e a organização do processo por parte do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). “Durante uma reunião cordial, discutimos a importância desse pleito e o ambiente de paz que se respira na Venezuela”, escreveu na rede social X.
Na descrição do encontro, o chanceler venezuelano qualificou a organização eleitoral de “impecável” e o processo local como “um dos mais transparentes e seguros do mundo”. Segundo ele, também foram discutidos “os grandes desafios de transmitir informação verídica com base no respeito absoluto à legislação venezuelana”.
Recibimos a Celso Amorin, asesor para Asuntos Internacionales de Brasil, quien arribó al país para acompañar el proceso electoral del #28Jul. Durante una reunión cordial, discutimos la relevancia de estos comicios y el ambiente de paz que se respira en Venezuela, de la impecable… pic.twitter.com/eSyA58AeER
— Yvan Gil (@yvangil) July 27, 2024
Neste sábado (27), Amorim terá reuniões com representantes da oposição venezuelana. Ele também se encontrará com integrantes do Centro Carter, que estão no país para a observação do processo eleitoral, e do Painel de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU).
A avaliação do governo brasileiro é de que não seria “prudente” um encontro de Amorim com candidatos.
Em entrevista exclusiva à CNN na última quinta, María Corina Machado, principal líder opositora do país, afirmou que estava em processo de solicitação de uma reunião com Amorim.
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