Nem só de calor vivem os animais que habitam o Pantanal de Mato Grosso do Sul. Acostumados com as altas temperaturas, o outono chegou e derrubou as temperaturas, fazendo até as aves encontrarem, na família, uma forma de se manterem aquecidos.
O flagrante feito pela fotógrafa Alicce Rodrigues mostra um grupo de anu-branco, ave bastante vista no bioma sul-mato-grossense, todo junto para escapar do frio, que começou a “dar as caras” no estado com a chegada da nova estação.
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A espécie, que possui plumagem nas mais variadas cores, fica em fileira nos galhos das árvores e ajuda a compor o cenário magnífico da maior planície alagável do mundo. O registro aconteceu na reserva particular do patrimônio natural da Fazenda Alegria, na região da Nhecolândia, no Pantanal.
Anu-branco e suas características
A beleza da ave pode ser apreciada por quem vive na América do Sul. É encontrada, geralmente, em campos abertos ou semiabertos, do nordeste ao sul do Brasil. A ave é conhecida como uma predadora oportunista, coletando presas no chão ou que estejam nos galhos das árvores.

Costuma se alimentar de minhocas, insetos, girinos, sapos, ratos e até de pequenos pássaros. Quando há escassez de alimento, também recorrem às frutas e sementes como alternativa para manterem a barriga cheia.
A reprodução acontece de forma individual ou coletiva. Nesse último caso, é quando duas ou mais fêmeas utilizam o mesmo ninho para chocar os ovos. A época varia de março até o final de julho, em períodos chuvosos.
São vistos, geralmente, em bandos. Gostam de andar no solo em grupo de seis a doze indivíduos, ao lado de outras aves como o sabiá-do-campo, anu-preto e pica-pau-do-campo.
Em algumas regiões, também são conhecidas como rabo-de-palha, anu-do-campo, alma-de-gato, anum-do-campo, pelincho, guirá-acangatara, piló, piriguá e piririta.