Após acidente aéreo, Voepass pede a funcionários que “elevem nível de alerta para rotina operacional“


No dia seguinte ao acidente que provocou a morte de 62 pessoas em Vinhedo (SP), a Voepass emitiu um comunicado interno aos funcionários pedindo a eles que “elevassem o nível de alerta para a rotina operacional”.

“A continuidade das nossas operações é de fundamental importância para manter o compromisso com nossos clientes e com a operação de acolhimento em que estamos comprometidos. Eleve o seu nível de alerta para a rotina operacional e atente-se às recomendações que estamos divulgando nos canais internos”, diz o texto.

O comunicado também pede aos colaboradores que não forneçam informações para pessoas de fora da empresa. “Qualquer informação oficial deve ser dirigida apenas pela nossa área de comunicação e pelos porta-vozes da companhia.”

O texto ainda agradece aos funcionários pelas “mensagens e ações de apoio recebidas”. “Elas são de vital importância para que possamos continuar unidos e firmes no principal propósito de prover conforto e assistência às famílias de todos os envolvidos nesta ocorrência.”

“Reforçamos que estamos comprometidos com a sua segurança e a dos nosso clientes”, acrescenta.

A CNN procurou a Voepass para obter um posicionamento a respeito da circular, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta reportagem.

Veja a íntegra do comunicado:

Comunicado enviado pela Voepass a funcionários após o acidente em Vinhedo / Reprodução

Como foi o acidente

A queda do ATR 72-500 da Voepass, na última sexta-feira (9), deixou 62 pessoas mortas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

O acidente ocorreu por volta das 13h22 –cerca de uma hora e meia após a decolagem. O avião, que fazia o voo 2283, decolou de Cascavel (PR) e iria para o aeroporto de Guarulhos (SP), mas perdeu o controle e caiu em Vinhedo (SP).

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

Na tarde desta segunda-feira (12), foi enterrado o corpo do piloto Danilo Santos Romano, na zona leste de São Paulo. Ele foi a primeira das vítimas do voo 2283 a ser sepultada.

Até as 17h desta segunda, 27 corpos já haviam sido identificados e 12 liberados aos familiares. Segundo o governo de São Paulo, já foi coletado material genético de 28 famílias em São Paulo e 17 em Cascavel. Esse material será utilizado para identificação de cadáveres por meio de exames de DNA.

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