Ataque hacker violou e-mail de estrategista de Trump para tentar atingir campanha, dizem fontes


O FBI e outros investigadores que examinam o aparente ataque hacker de documentos da campanha de Trump, que o candidato presidencial republicano atribuiu ao Irã, suspeitam que os hackers conseguiram comprometer a conta de e-mail pessoal do aliado e estrategista de Trump, Roger Stone, disseram várias fontes familiarizadas com o assunto à CNN.

Os hackers usaram o acesso à conta de e-mail de Stone para tentar invadir a conta de um alto funcionário da campanha de Trump como parte de um esforço persistente para acessar redes de campanha, disse uma das fontes.

O incidente, que ocorreu em junho, desencadeou uma confusão na campanha de Trump, no FBI e na Microsoft, que detectaram as tentativas de invasão, para conter o ataque e determinar se havia uma ameaça cibernética mais ampla do Irã.

Stone foi informado pela Microsoft e pelo FBI que seu e-mail pessoal foi comprometido por um “ator de estado estrangeiro”, com a intenção de utilizar a conta para enganar funcionários da campanha de Trump para abrir um link que daria aos perpetradores acesso ao computador dessa pessoa, disse uma das fontes familiarizadas.

O Washington Post relatou primeiro que a conta de Stone foi alvo. A campanha de Trump se recusou a comentar sobre qual conta foi violada.

O FBI também informou a campanha de Biden-Kamala em junho sobre hackers iranianos mirando eles, disse uma das fontes.

“Nossa campanha monitora e protege vigilantemente contra ameaças cibernéticas, e não temos conhecimento de nenhuma violação de segurança em nossos sistemas”, disse um funcionário da campanha de Kamala à CNN.

O FBI disse em um comunicado nesta segunda-feira (12) que estava investigando o ataque cibernético relatado à campanha de Trump, mas se recusou a comentar mais.

Oficiais de inteligência dos EUA informaram o Comitê de Inteligência do Senado sobre o ataque hacker, disse outra fonte familiarizada com o assunto à CNN.

O Irã negou as alegações, e o governo dos EUA não apontou o dedo publicamente ou oficialmente para o Irã. Mas as técnicas usadas pelos hackers para mirar na campanha de Trump correspondem às associadas aos hackers iranianos, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto.

A notícia se soma à crescente evidência de que agentes iranianos estão montando um esforço agressivo para influenciar a eleição presidencial dos EUA de 2024, ofuscando a atividade dos russos.

Autoridades de inteligência dos EUA alertaram no mês passado sobre uma campanha secreta em andamento nas mídias sociais pelo Irã para minar a candidatura de Trump e aumentar a “discórdia social” nos EUA antes das eleições de novembro.

Essa atividade incluiu a criação de sites de notícias falsas visando eleitores liberais e conservadores, de acordo com a Microsoft.

A diretora de inteligência nacional dos EUA, Avril Haines, também acusou o Irã de tentar secretamente atiçar protestos nos EUA relacionados ao conflito Israel-Hamas se passando por ativistas online e, em alguns casos, fornecendo apoio financeiro aos manifestantes.

Zachary Cohen, da CNN, contribuiu com a reportagem.



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