Brasil desconhece pedido de ajuda argentino sobre policial preso na Venezuela, dizem fontes

CNN Brasil


A Argentina não teria solicitado ajuda do Brasil para intermediar a soltura de um agente da Gendarmeria Nacional Argentina – uma das forças de segurança federais do país – que o governo de Javier Milei afirma ter sido preso na Venezuela, dizem fontes de Brasília.

De acordo com o governo argentino, o cabo Nahuel Agustín Gallo foi preso de forma “arbitrária e injustificada” por autoridades venezuelanas no último domingo (8), após entrar no país de Nicolás Maduro pela fronteira terrestre com a Colômbia.

Uma fonte de alta hierarquia do governo Milei disse nesta sexta (13) à CNN que o Brasil estaria ajudando na intermediação pela libertação do suboficial, já que desde agosto o Itamaraty assumiu a representação dos interesses argentinos na Venezuela.

Fontes do governo brasileiro, no entanto, disseram à reportagem não ter conhecimento de qualquer pedido argentino para tratar com autoridades venezuelanas sobre o caso do suboficial.

O governo brasileiro representa os interesses argentinos desde agosto, quando o corpo diplomático de Milei foi expulso de Caracas pelo governo Maduro. O Brasil assumiu a tutela da embaixada argentina na Venezuela e os assuntos consulares do país.

A CNN também procurou o governo venezuelano para confirmar e comentar a prisão do cabo e aguarda retorno.

Segundo uma fonte do ministério da Segurança da Argentina, o agente policial foi acusado de espionagem pelos venezuelanos.

De acordo com a pasta, no entanto, ele teria ido à Venezuela para visitar a namorada e o filho, e que “apesar da natureza estritamente pessoal” da visita, foi preso de maneira imediata, “sem nenhum motivo legítimo e em aberta violação dos seus direitos fundamentais”.

“O governo da República Argentina exige, de forma categórica e imediata, a libertação de nosso funcionário. A Argentina não tolerará atos desta natureza contra seus cidadãos e deplora este tipo de práticas que infringem os princípios essenciais do respeito à liberdade individual e à dignidade humana”, expressa um comunicado divulgado pelo governo Milei.

O governo argentino afirmou ainda que atuará com “toda firmeza em todas as instâncias e em todos os organismos internacionais para exigir a imediata liberação do suboficial detido”.

“Maduro, a cada minuto que você o retiver vai ser um passo a mais em direção ao seu próprio fim”, escreveu a ministra argentina da Segurança, Patricia Bullrich, na rede social X, com a foto do agente e exigindo a imediata libertação do suboficial.

A CNN procurou o Itamaraty, assim como o governo argentino, e aguarda resposta.

 



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Teto de escola de idiomas desaba em Salvador

Parte do teto de uma escola bilíngue em reforma desabou no bairro do Itaigara, em…

Apesar de soltura proibida, fogos de artifício são pesadelo para pets no fim de ano

A Lei Estadual nº 12.155 proíbe a comercialização, armazenamento, transporte, manuseio, utilização, queima e soltura…

Morre fundador e dono da marca de moda Mango, Isak Andic, aos 71 anos

O fundador e dono da marca de moda espanhola Mango, Isak Andic, morreu neste sábado…