Cobra-coral persegue e engole jararaca; veja


Considerada a mais peçonhenta do Brasil, a cobra-coral é imune à maioria das outas serpentes, mas é capaz de se alimentar delas! Abaixo, o Primeira Página te mostra e explica esse comportamento selvagem, por meio de um vídeo em que uma coral persegue e engole uma jararaca.

Cobra-coral engole jararaca. (Foto: Rei das Serpentes)

Cobra-coral come jararaca

Nós, humanos, nos guiamos por meio de sentidos como visão, audição e tato para nos orientarmos em determinado ambiente.

Mas, no caso das serpentes, o método é outro: todas elas possuem a língua bífida (dividida em duas) e se orientam por meio de um movimento de entrada e saída da língua da boca, chamado de ‘dardejar’, como explica o biólogo e guia de turismo, Marcos Ardevino, ao Primeira Página.

Ao fazerem isso, elas captam partículas de cheiros, que são levadas ao Órgão de Jacobson, localizado no céu da boca das serpentes.

Esse órgão ativa neurônios e leva informação traduzida ao cérebro, que interpreta os cheiros e faz a cobra entender o ambiente, perceber se há predadores ou presas, se está ameaçada ou até se existem parceiros sexuais em sua volta.

Após captar todas essas informações, a serpente finalmente pode tomar uma decisão, como atacar!

No vídeo abaixo, a cobra-coral é vista indo atrás de uma jararaca, utilizando justamente esse método de localização:

Ainda no vídeo é possível ver que a cobra-coral segue o mesmo caminho feito pela jararaca, seguindo seu rasto. Quando a encontra, a coral dá o bote e insere sua peçonha no corpo da outra serpente, até que, intoxicada, a jararaca para de reagir e é devorada pela coral.

Ainda conforme Ardevino, uma das únicas serpentes capazes de fazer o inverso, ou seja, se alimentar de uma coral, é a muçurana, também conhecida como cobra preta, principalmente dos gêneros Clelia e Boiruna.

A cobra-coral

As corais chamam atenção aos olhos! Com coloração forte e destacada, elas possuem anéis completos em volta do corpo, nas cores vermelhas, preto e branco. Em algumas espécies, o traço pode ser amarelo.

O veneno de uma coral afeta diretamente o sistema nervoso central, causando falta de ar, paralisia de músculos importantes como o coração e, eventualmente, levando à morte.

Diferente de outras cobras, a mordida dessa serpente não causa dor local, pois os dentes são pequenos. Apesar disso, mesmo com uma pequena quantidade de veneno injetado nas presas ou vítimas, a peçonha é forte, causando graves problemas.

Coral-verdadeira (Micrurus frontalis). (Foto: Marcos Ardevino)
Coral-verdadeira (Micrurus frontalis). (Foto: Marcos Ardevino)

Geralmente, ela tem hábito fossorial, ou seja, passam a maior parte do tempo explorando embaixo da terra, saindo para se alimentar e acasalar.

Por isso, os acidentes com esse tipo de cobra não são comuns, apesar da força do veneno que ela possui, e podem acontecer quando uma pessoa tenta manusear o animal, como alerta Marcos Ardevino.

As jararacas

As jararacas são as maiores causadoras de acidentes ofídicos no Brasil.

Geralmente, as serpentes mais jovens dessa espécie usam a ponta da cauda, que é esbranquiçada, para imitar vermes, perto de riachos, cachoeiras ou rios. Mexendo a cauda de um lado para o outro, elas atraem anfíbios e roedores, por exemplo.

A peçonha dessa serpente age nos músculos da presa, causando muita dor e necrose local. Em casos mais graves, pode danificar o funcionamento dos rins, causar problemas na coagulação sanguínea, paralisia muscular, dificuldade respiratória e choque hemorrágico.

Além disso, elas possuem órgãos chamados fossetas loreais, localizados entre o olho e a abertura nasal, fazendo com que localizem suas presas por meio de uma leitura de calor corporal no ambiente.

Jararaca (Bothrops mattogrossensis). (Foto: Marcos Ardevino)
Jararaca (Bothrops mattogrossensis). (Foto: Marcos Ardevino)

Apesar da preferência por regiões com água, elas também podem ser encontradas em imediações de propriedades rurais – onde é de costume armazenar alimentos para criação de animais – além de locais com objetos empilhados, como lenha, tijolos ou telhas.

Em casos de acidentes, o soro antiofídico deve ser usado na vítima o mais rápido possível.

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