Cuiabá sente o impacto da paralisação


As obras do Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá completam um mês de paralisação, trazendo à tona uma série de desafios e debates sobre a mobilidade urbana na capital mato-grossense. A decisão de interromper os trabalhos foi tomada pelo Governo do Estado de Mato Grosso, que rescindiu o contrato com o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, responsável pela execução do projeto, alegando descumprimento de cláusulas contratuais.

Obras do BRT em Cuiabá

Histórico da paralisação

Em 5 de fevereiro de 2025, o governo estadual notificou o Consórcio Construtor BRT Cuiabá sobre a rescisão do contrato, cujo valor era de R$ 468 milhões. A justificativa para a medida foi o baixo avanço das obras, com apenas 18% concluídos em dois anos e três meses, além de atrasos, erros de execução e irregularidades apontadas.

O consórcio, por sua vez, atribuiu os atrasos a fatores externos, como mudanças frequentes no traçado do BRT, disputas políticas e problemas no anteprojeto elaborado pelo governo.

Impactos na população e infraestrutura urbana

A paralisação das obras tem gerado diversos transtornos para os moradores de Cuiabá:

Transtornos no trânsito: Intervenções inacabadas nas vias têm dificultado a mobilidade urbana e aumentado os congestionamentos.

Problemas ambientais: Chuvas recentes transformaram trechos da Avenida do CPA em um mar de lama, devido às obras paralisadas, causando alagamentos e dificultando a circulação de veículos e pedestres.

Insegurança e degradação urbana: Áreas abertas para as obras, agora paradas, acumulam sujeira e se tornam pontos de risco para acidentes e criminalidade.

Próximos passos e desafios

Com a rescisão do contrato, o governo estadual estuda alternativas para a continuidade do projeto. Uma das possibilidades é convocar o Consórcio Mobilidade MT, segundo colocado no processo licitatório, que apresentou uma proposta de R$ 480,5 milhões, valor superior ao contrato original. No entanto, essa decisão pode implicar em custos adicionais para os cofres públicos.

Além disso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) sugeriu a rescisão do contrato devido à lentidão nas obras, ressaltando a necessidade de buscar soluções emergenciais para retomar os trabalhos e minimizar os transtornos à população.

A paralisação das obras do BRT em Cuiabá evidencia a complexidade de implementar projetos de grande porte na área de mobilidade urbana. Enquanto governo e empresas buscam soluções para os impasses, a população aguarda ansiosa por melhorias no transporte público e na infraestrutura viária da capital.



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