Cunhado de Marina é preso; indenização pode ter motivado o crime


A Polícia Civil prendeu na noite desta sexta-feira (22) o cunhado de Marina Sofia Menezes Ventura, de 13 anos, que desapareceu no dia 20 de outubro em Diamantino, a 209 km de Cuiabá. A motivação do crime, segundo as investigações, seria uma indenização recebida pela adolescente após a morte do pai.

A irmã de Marina, de 17 anos, acompanhava o suspeito que foi preso em Lucas do Rio Verde, a 360km da capital, e também foi conduzida a delegacia.

Marina foi vista pela última vez em 20 de outubro. (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com o delegado Marcos Bruzzi, a prisão temporária de João Victor Silva de Oliveira, 20 anos, cunhado da vítima, foi solicitada após a coleta de diversos indícios que o vinculam ao desaparecimento da jovem.

Ainda segundo o delegado, o cunhado teria abusado sexualmente de Marina e é apontado por testemunhas como traficante faccionado.

João Vitor foi encontrado em Lucas do Rio Verde, após fugir de Diamantino com a irmã de Marina. Durante depoimento, o primeiro suspeito preso em Tangará da Serra, revelou que João Victor fez uma oferta de R$25 mil para ele participar do desaparecimento da adolescente.

Ainda segundo o homem, o desaparecimento foi “planejado por conta do valor que a Marina teria receber de uma indenização toda em virtude do óbito do pai”. Após o desaparecimento, o dinheiro seria dividido pelos demais familiares.

Como o esquema foi descoberto

Durante as investigações, mensagens de aplicativos mostraram que a irmã mais nova de Marina contou a uma amiga que a adolescente já não estava em casa por volta das 12h38 daquele dia.

Os relatos indicam que a adolescente foi retirada da casa sem sinais de violência, o que sugere que ela conhecia a pessoa que a levou.

Além disso, câmeras de segurança mostram que o suspeito João Vitor deixou sua residência às 11h30, vestindo uma camisa vermelha, e retornou por volta das 13h30 com uma camisa preta, sem justificar a troca de roupas.

As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e esclarecer as circunstâncias do crime. A prisão temporária de João Vitor, inicialmente de 30 dias, pode ser prorrogada por mais 30 para avançar na apuração dos fatos.

Marina segue desaparecida.

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