Uma ocorrência inusitada na zona leste de São Paulo chamou a atenção para os perigos da soltura ilegal de balões. Na madrugada de segunda-feira (22), uma motocicleta foi encontrada suspensa em um poste, em meio à fiação elétrica, no bairro de Aricanduva. O incidente foi causado pela queda de um balão na região.
Em entrevista à CNN, o tenente Maxwell de Souza, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, explicou os riscos associados a essa prática criminosa.
“Esses balões são verdadeiras fogueiras ambulantes que podem cair em qualquer lugar, como vimos ontem. Podem cair em cima de comunidades, aeronaves, florestas, e causar um dano terrível para toda a população”, alertou o tenente.
Monitoramento e fiscalização
De acordo com o porta-voz, a Defesa Civil mantém um centro de gerenciamento de emergências que funciona 24 horas por dia, monitorando focos de incêndio em todo o estado de São Paulo. Além disso, as equipes municipais realizam vistorias constantes nos céus da região, buscando identificar e interceptar balões.
O trabalho de fiscalização e combate às fábricas clandestinas é realizado pela polícia. Somente na última sexta-feira (19), uma operação da Polícia Ambiental resultou no fechamento de 12 fábricas clandestinas e na apreensão de 35 balões.
O governo do estado aplicou um milhão de reais em multas a baloeiros este ano, com 44 autos de infração emitidos entre janeiro e junho.
Riscos e consequências
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Grupos intitulados “Sandu Mosaico” e “Balão Mágico & Domínio” foram os responsáveis por soltar o balão que levou a queda de energia na Zona Leste de São Paulo. Crédito: Reprodução/ Redes Sociais
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Motocicleta retida entre fiação na zona leste de São Paulo após a queda do balão Crédito: Kauê Ribeiro/Arquivo Pessoal
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Queda do balão na região de Aricanduva, na zona leste de São Paulo Crédito: Diário do transporte
O tenente Maxwell explicou que os balões ilegais frequentemente carregam artefatos como bandeiras ou fogos de artifício, sustentados por tiras de aço. No incidente de Aricanduva, essas tiras enroscaram em um carro e na motocicleta, demonstrando a força do balão ao erguer a moto até os fios elétricos.
“Veja a força desse balão, o estrago que ele pode causar. Imagine se ele enrosca em uma pessoa, uma criança brincando ali naquela hora naquela rua. Vidas poderiam ter sido ceifadas pela irresponsabilidade e pelo crime praticado por esses indivíduos”, alertou o porta-voz.
A Defesa Civil ressalta a importância da conscientização e da participação ativa da população no combate a essa prática. Cidadãos podem denunciar a fabricação, soltura ou visualização de balões através do telefone 199 da Defesa Civil ou pelo Disque-Denúncia 181.
