Ex-deputado estadual preso por grilagem no RJ é transferido para presídio

CNN Brasil


O ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, preso por suspeita de grilagem, na manhã desta terça-feira (10) durante uma operação policial, em Búzios, no Rio de Janeiro, foi transferido para uma penitenciária, no mesmo dia de sua prisão.

Segundo a Secretaria de Administração Penintenciária do estado (Seap-RJ), o ex-deputado foi tranferido para a unidade prisional Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que, durante a operação policial, sete mandados de prisão foram cumpridos e que os presos foram encaminhados à 127ª DP (Armação de Búzios) e para a Cidade da Polícia do Rio de Janeiro (CIDPOL). Foram cinco presos em Búzios e dois no Rio.

Natalino é ex-policial civil, foi eleito deputado em 2006 e é apontado como fundador da primeira milícia do Rio de Janeiro, a Liga da Justiça. Ele foi preso durante uma operação contra integrantes de uma organização criminosa responsável pela prática de grilagem.

Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas por crimes ambientais, parcelamento irregular de solo urbano e outros ilícitos na Operação Nova Grilagem.

A CNN tenta contato com a defesa de Natalino Guimarães para um posicionamento.

Investigações

As investigações iniciaram a partir de notícias-crime que relatavam invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos, na região da Estrada da Fazendinha, em Búzios.

Segundo a denúncia do MPRJ, o grupo criminoso estaria em atividade desde 2020, utilizando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região.

O ministério aponta que a organização utilizava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e promovia queimadas.

Ainda segundo a denúncia, o grupo utilizava ações judiciais sem decisões favoráveis como argumento para justificar a invasão e comercialização dos terrenos. Os líderes promoviam a invasão violenta das terras e colocavam seguranças 24 horas nas áreas invadidas.

Após as invasões, desmatavam com retroescavadeiras e motosserras as áreas invadidas, reloteavam a área e passavam a vender os terrenos.

O MPRJ também destaca que o grupo criminoso se aliou a uma empresa, sediada em Campo Grande, para lotear a área invadida e vender os terrenos. Além disso, concedeu lotes a figuras conhecidas por envolvimento com a milícia em troca da prestação de serviço de segurança das invasões promovidas.

Os mandados cumpridos na manhã de hoje foram expedidos pela Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital. As ordens judiciais são cumpridos em diversos endereços em Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e na capital carioca.

Com informações de Agência Brasil 

*Sob supervisão



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