Feliz Natal: Polícia desarticula esquema de extração ilegal de madeira


Duas pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso, nesta quinta-feira (10), contra uma organização criminosa envolvida com extração ilegal de madeira em Feliz Natal, a cerca de 536 quilômetros da capital Cuiabá. Outros 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

As buscas ocorreram em endereços de residências e empresas dos investigados também nas cidades de Sorriso e Sinop. Um homem de 40 anos, apontado como responsável pela logística do corte e retirada da matéria-prima de dentro da reserva Estação Ecológica Rio Ronuro, foi preso.

Três madeireiras foram embargadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e outra pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, após a polícia encontrar duas pistolas calibre 22 durante o cumprimento das diligências.

A Operação Orcs também apreendeu documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais que passarão por análise para o aprofundamento das apurações. As ordens judiciais vieram após a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) do estado investigar o crime ambiental envolvendo a extração, transporte e comercialização ilegal de madeira, na região Norte de Mato Grosso.

Segundo a Polícia Civil, as madeiras eram extraídas ilegalmente de uma importante unidade de conservação de área verde entre a floresta amazônica e cerrado, e depois de apreendidas pelos órgãos fiscalizadores ambientais, eram doadas por meio de licitações.

A legislação permite a doação de madeiras licitamente pelos órgãos ambientais e a Dema apurou que as madeiras eram doadas ao grêmio desportivo, e este, por meio de licitação na forma de leilão fraudulento, retornava com as madeiras para os madeireiros do grupo criminoso. A corporação pontua que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado não tinha conhecimento ou participação nos fatos investigados.

No entanto, as investigações apontam o possível envolvimento de agentes públicos, proprietários de madeireiras, engenheiros florestais com histórico de prática de crimes ambientais, transportadores e intermediários que facilitavam o escoamento da madeira ilegal.

Entre as irregularidades identificadas nas doações ao grêmio desportivo, estão a inexistência de formalização das circunstâncias das apreensões, ausência de termo de depósito indicando o responsável pela guarda dos materiais, falta de avaliação prévia das toras de madeira e de autorização judicial para venda das madeiras, e a não regularização da madeira junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Algumas das madeireiras investigadas mantinham intensa atividade comercial no sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais, tramitando diversos guias florestais com suspeita de fraude, indicando, como apontou a investigação, fluxo constante de madeira de origem ilegal.



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