Filha da Esperança, onça Gaia morre nos incêndios no Pantanal


A chuva caiu em Mato Grosso do Sul nesta semana apagou o fogo que devastava o Pantanal. Mas nos dias em que as chamas de alastraram pela vegetação seca, a maior planície alagada do mundo perdeu não só a cor; perdeu suas maiores riquezas, os animais que fazem o bioma único! Entre as vítimas da destruição, está Gaia, um das onças-pintadas símbolo do Pantanal sul-mato-grossense.

Gaia nasceu em 2013 e teve, pelo menos, quatro filhotes (Foto: Onçafari)

A morte de Gaia foi anunciada pela ONG Onçafari. Ela era uma dos felinos monitorados pelo projeto e vivia na região da fazenda Caiman, em Miranda – cidade a 190 quilômetros de Campo Grande.

No vídeo, a coordenadora de operações da Base Caiman Pantanal, Lilian Rampim, conta que Gaia não conseguiu fugir do fogo “intenso e cruel” que atingiu a fazenda.

“Eu demorei uns três dias para tomar coragem e gravas esse vídeo para vocês. Eu precisei desses três dias para recompor as forças, as energias e a concentração […] A Gaia, uma onça absolutamente especial. Filha da Esperança, outra onça absolutamente marcante na história do Onçafari. A Gaia não teve tempo de se salvar do fogo. Infelizmente veio com muita intensidade, absolutamente cruel, veio lambendo tudo”.

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Gaia, ou “mãe-terra”, era filha de “Esperança”. Nasceu em 2013. Escapou das chamas em 2020, cresceu e procriou. Era a aquela que não se intimidava com os grupos de turistas. Conhecida por viver nos topos das árvores, encantava quem chegava perto. “Era só olhar para cima, ela estava em cima das árvores, olhando para gente”.

“Eu só queria prestar essa homenagem a ela. Essa onça incrível que nasceu em 2013, irmã de gêmeos, ela é trigêmea. Ela gerou pelo menos 4 filhotes que a gente saiba. Foi uma mãe incrível, ela foi uma avó incrível. Deslumbrou centenas de hóspedes que visitaram a gente aqui ao longo destes anos e foi um prazer acompanhar a jornada dela”.

A Onçafari teve três reservas de conservação severamente afetadas pelo fogo – a Santa Sofia, São Francisco do Perigara e Mutum – e agora conta com ajuda para reconstruir recintos, criar açudes, comprar e repor equipamentos, além de fornecer cuidados veterinários aos animais resgatados nas regiões atingidas pelos incêndios.

Para isso criou um site próprio para doações e também faz campanhas pelas redes sociais.





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