As redes ferroviárias francesas foram alvo de atos “maliciosos” na sexta-feira (26), poucas horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris. Uma fonte de inteligência francesa disse à CNN que os serviços de inteligência do país estão “totalmente mobilizados” para encontrar os responsáveis pelos ataques coordenados à rede ferroviária do país.
Não está claro quem estava por trás do ataque – ninguém assumiu a responsabilidade até agora.
A fonte disse que os serviços de inteligência apontaram que “estes métodos foram usados pela extrema esquerda no passado”, mas que “não há provas que liguem as ações de hoje a eles”.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, disse nesta sexta-feira que os “atos de sabotagem” na rede ferroviária francesa foram realizados “de forma planejada e coordenada”.
Em uma postagem no X, ele disse que as consequências são “enormes e graves”.
Attal agradeceu aos bombeiros e aos agentes da estatal que controla as ferrovias, “que farão os trabalhos necessários para restaurar a rede”, acrescentando que partilha a indignação de todo o povo francês.
“Os nossos serviços de inteligência e aplicação da lei estão mobilizados para encontrar e punir os autores destes atos criminosos”, disse também.
Aqui está o que sabemos até agora sobre o ataque:
- As autoridades descreveram os atos, que incluíram incêndio criminoso, como “sabotagem coordenada” para interromper as viagens.
- Durante os ataques, cabos – que existem para garantir a segurança dos maquinistas – foram incendiados e desmontados.
- Os ataques parecem ter como alvo a rede ferroviária de alta velocidade do país, conhecida como TGV.
- A empresa ferroviária francesa disse que cerca de 250 mil viajantes seriam afetados hoje e cerca de 800 mil no fim de semana.
- A ministra do Esporte francesa, Amélie Oudéa-Castera, disse que os organizadores dos Jogos “garantiriam o transporte adequado de todas as delegações para os locais de competição”.
- Oudéa-Castera condenou os ataques nos “termos mais fortes possíveis”, dizendo que “jogar contra os Jogos é jogar contra a França, contra o seu campo, contra o seu país”, disse ela, segundo a BFMTV.
- A polícia de Paris está intensificando a já rígida segurança após os ataques, disse o chefe da polícia parisiense, Laurent Nunez.
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