Apesar de uma leve diminuição na disparidade salarial entre homens e mulheres em Mato Grosso, a diferença ainda é alarmante, com os homens ganhando quase o dobro das mulheres. É o que apontam os dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgados pelo Governo Federal.
Em 2024, homens recebiam 27,70% a mais que mulheres no estado. Essa diferença caiu para 27,04% na última pesquisa, realizada em setembro de 2024. No entanto, a média salarial das mulheres em Mato Grosso é de R$ 2.949,07, enquanto a dos homens é de R$ 4.041,84, evidenciando que a desigualdade persiste.
A disparidade salarial é ainda mais acentuada quando se analisa o fator racial. Em Mato Grosso, mulheres negras ganham, em média, R$ 2.669,78, enquanto mulheres não negras recebem R$ 3.684,18, uma diferença de 27,5%.
Cenário Nacional
No Brasil, a disparidade salarial entre homens e mulheres é de 20,87%, com um aumento de 0,18% desde o último relatório.
A desigualdade racial também é um problema grave, com mulheres negras ganhando, em média, 38% a menos que mulheres não negras.
Apesar do cenário desafiador, o relatório aponta alguns avanços, como o aumento da participação de mulheres negras no mercado de trabalho e a diminuição do número de empresas com alta disparidade salarial.
O Governo Federal tem implementado diversas iniciativas para combater a desigualdade salarial, como a Lei nº 14.611/2023, que exige que empresas com mais de 100 empregados adotem medidas para garantir a igualdade salarial, e o lançamento do Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial e do Movimento pela Igualdade no Trabalho.