Mãe de adolescente morto após agressão de colegas em escola na Praia Grande pede justiça; veja vídeo

CNN Brasil


A mãe do adolescente Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazarra, de 13 anos, publicou um vídeo nas redes sociais pedindo justiça pelo crime que tirou a vida do seu filho, morto após ser vítima de agressão por alunos da escola onde estudava, em Praia Grande, município do litoral paulista.

Michele Teixeira relembrou o ocorrido e fez um forte relato sobre a perda do filho Carlos, que segundo ela fez com que a vida da sua família “fosse destruida”.

“Eu quero fazer uma pergunta: ‘Com qual idade está liberado matar?’… Porque mataram o meu filho. Pode humilhar? Pode perseguir? Pode matar? Tá liberado? O Brasil é um país que pode fazer tudo? Menor de idade pode fazer tudo?”, questionou Michele.

No vídeo publicado alguns meses após o caso, a mãe do jovem revela que as imagens de quando o adolescente foi agredido na escola foram apagadas e menciona que o seu marido chegou a ir na unidade de ensino pedir para a diretora o registro, mas, segundo a mãe, a profissional não quis mostrar as imagens.

Michele ainda conta que ao invés das investigações do caso evoluírem, ela e a sua família são constantemente ameaçadas por parentes dos suspeitos de agredirem Carlos. A mãe da vítima ainda questiona sobre quem será responsabilizado pelo crime.

“Alguém matou meu filho, alguém espancou meu filho, quem foi? Quem vai ser responsabilizado? Cadê a professora? Cadê a diretora que escondeu tudo? Está lá em outra escola como se nada tivesse acontecido e esses pais que ameaçaram a minha família vai ficar por isso mesmo, é isso?”, diz Michele.

Relembre o caso

Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara, de 13 anos, morreu no dia 16 de abril após ser vítima de agressão por colegas da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande.

Na época, o pai da vítima, Julisses Fleming, contou à CNN que foi chamado ao colégio no dia 9 de abril, quando foi informado por uma das gestoras do colégio que seu filho havia caído da escada. O garoto desmentiu a versão da funcionária e contou que foi agredido por três colegas.

De acordo com a família, Carlos foi abordado pelos demais alunos no banheiro da escola. Posteriormente, os adolescentes se jogaram sobre ele. Neste dia, o jovem chegou a chorar de dor em casa e a família notou que as costas do garoto aparentavam ter entortado. O garoto se queixou de dor, falta de ar e apresentou febre.

No mesmo dia, Carlos foi atendido em um hospital municipal de Praia Grande, onde recebeu uma injeção e teve alta. Nos dias seguintes, o menino chegou a passar por consultas em outras unidades de saúde do município, já que o menino chegou a ser diagnosticado com luxação e estresse pós-traumático em decorrência do bullying que vinha sofrendo no colégio.

A família, então, buscou ajuda em Santos, cidade vizinha. Uma semana depois do episódio de agressão, o adolescente teve três paradas cardiorrespiratórias e morreu na Santa Casa de Misericórdia de Santos.

Procurada pela CNN, a Secretaria de Segurança Pública disse que as investigações do caso seguem com o 1° DP de Praia Grande e que os laudos periciais estão em elaboração para serem analisados assim que finalizados.

A SSP também informou que dois adolescentes, de 14 anos identificados como os autores, foram encaminhados à Fundação Casa, onde permaneceram à disposição da Justiça.



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