MPF-RJ defende federalização de casos envolvendo violência policial no estado


O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro encaminhou na última quarta-feira (10) ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, um pedido em que defende a federalização de quatro casos de violência policial ocorridos no estado do Rio, entre os anos de 2018 e 2022, entre eles a Chacina do Jacarezinho, que ocorreu em maio de 2021.

Para o procurador da República Eduardo Benones, que é coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF no estado, a situação de grave violação aos direitos humanos e a possibilidade de responsabilização internacional do Estado brasileiro justificam a federalização dos casos.

Se forem federalizados, os casos passarão a ser investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal nas respectivas unidades no Rio.

O MPF também recomendou a cemitérios do Rio de Janeiro que preservem os restos mortais das 27 vítimas da ação realizada em 6 de maio de 2021, no complexo do Jacarezinho, que ficou conhecida como “Chacina do Jacarezinho”, e foi a mais letal da história.

A recomendação visa resguardar eventuais elementos presentes nos cadáveres até que seja feita a exumação, que deverá ser acompanhada por peritos independentes que analisarão os restos mortais para elucidar as circunstâncias das mortes.

O pedido foi enviado aos administradores dos cemitérios da Venerável Ordem 3ª de São Francisco da Penitência, do Memorial do Rio, de Nilópolis (Cemitério de Olinda), além do Caju (São Francisco Xavier) e o de Inhaúma, onde as vítimas foram sepultadas. Todos eles deverão prestar, no prazo de 10 dias, esclarecimentos e informações que entenderem necessárias quanto ao cumprimento da recomendação vindo do órgão.

*Sob supervisão de André Rigue



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