Dezenas de palestinos se reuniram nesta terça-feira (16) para lamentar as pessoas mortas em ataques israelenses no centro de Gaza.
Os corpos foram cobertos com lençóis brancos e colocados no chão, enquanto os enlutados ficavam por perto ou sentavam-se ao lado dos corpos, chorando.
Sahar Abu Emeira, uma das mulheres de luto, criticou a manutenção da guerra. “Já se passaram 10 meses, estamos exaustos, estamos arrasados, estamos extremamente cansados, nossa paciência acabou. Seja o Hamas ou os outros (Israel), eles precisam chegar a um acordo o mais rápido possível”.
Israel atacou o sul e o centro da Faixa de Gaza na segunda-feira (15) para colocar mais pressão sobre o Hamas, após um ataque no fim de semana contra a liderança do grupo militante, que matou dezenas de palestinos que buscavam abrigo em um campo improvisado.
Os militares também intensificaram os bombardeamentos aéreos e de tanques no centro de Gaza, nos históricos campos de refugiados de Al-Bureij e Al-Maghazi. Autoridades de saúde disseram que cinco palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense contra uma casa no campo de Maghazi.
Autoridades de saúde palestinas disseram que 11 palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense contra uma casa no campo de Al-Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, na manhã de segunda-feira (15).
A guerra começou depois de um ataque liderado pelo Hamas dentro de Israel, em 7 de outubro, por militantes que mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e levaram mais de 250 reféns para Gaza, segundo autoridades israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 38 mil palestinos foram mortos na ofensiva militar de Israel desde 7 de outubro.
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