Pais de bebê morta por broncopneumonia são presos em Campo Grande


Os pais de uma bebê de 10 meses, que morreu após diagnóstico de broncopneumonia, foram presos na tarde desta segunda-feira (14), em Campo Grande. O homem, de 38 anos, e a mulher, de 23, vão responder por homicídio culposo.

Pais da bebê entrando na viatura da Polícia Civil; casal foi preso nesta tarde de segunda-feira (14). (Foto: David Melo)

O casal passou toda a tarde sendo ouvido na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Conforme a Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (14), a bebê foi levada pelos pais ao Corpo de Bombeiros do bairro Tijuca, onde a família reside. De lá, a menina foi encaminhada para a UPA Universitário. Apesar dos esforços de reanimação, ela não resistiu e morreu.

A Polícia Militar também foi acionada e conduziu os pais até a delegacia. Em seguida, uma equipe foi até a residência da família.

Ainda segundo informações da Polícia Civil, a casa foi encontrada em condições insalubres, com muita sujeira e desorganização.

O laudo preliminar da perícia apontou que a causa da morte foi insuficiência respiratória decorrente de broncopneumonia.

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Atendimentos da bebê

O prontuário médico hospitalar da bebê também foi analisado. Há registros, repassados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), de que a criança foi atendida pela primeira vez na última sexta-feira (11), às 13h07, na USF (Unidade de Saúde da Família) do bairro Caiobá. No local, ela foi avaliada e levada para a UPA Universitário.

Segundo a Sesau, às 15h01 a bebê recebeu classificação de risco amarelo, o que indica necessidade de atendimento em tempo oportuno, mas sem risco iminente de morte.

O primeiro atendimento médico, realizado às 15h08, apontou diagnóstico de bronquiolite. Às 15h20, a criança recebeu medicação no leito de observação e foi submetida a um exame de raio-x.

Mais tarde, às 18h57, houve nova reavaliação médica, sendo mantido o protocolo de medicação.

Já à noite, a Sesau informou, por meio de nota, que a família teria deixado a UPA por conta própria.

“No entanto, às 20h26, na terceira reavaliação, a equipe constatou que a família se evadiu da unidade por conta própria, antes da conclusão do tratamento e sem liberação médica.

A criança não retornou à unidade até uma nova tentativa de atendimento, que ocorreu apenas na segunda-feira (14), data do óbito.

A Sesau lamenta profundamente o ocorrido e reforça que é fundamental que o tratamento seja finalizado com alta médica, garantindo a segurança e a continuidade dos cuidados necessários à recuperação do paciente.”

De acordo com o delegado Roberto Carlos Morgado Filho, o casal deverá passar por audiência de custódia. Um inquérito policial também será instaurado para apurar o crime de maus-tratos qualificado, praticado contra pessoa menor de 14 anos.

O casal ainda tem outros dois filhos pequenos, de três e seis anos, que foram encaminhados ao Conselho Tutelar.



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