A Polícia Civil de São Paulo encerrou na última segunda (19) o inquérito em que o jogador Antony era acusado pela ex-namorada, Gabriela Cavallin, de violência doméstica, sem indiciar o atacante pelo crime.
Segundo a corporação, a 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) concluiu a investigação e enviou o processo para análise do Judiciário.
Procurado, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que o caso “tramita sob segredo de Justiça”.
Em nota, a defesa de Gabriela Cavallin afirmou que recebe “com surpresa a decisão da delegada em não indiciar o agressor, bem como, de forma precipitada, relatado o inquérito policial, já que ainda se aguarda o cumprimento de diligências”.
Um dos episódios de agressão narrados pela defesa de Cavallin sustenta que Antony teria arremessado uma taça de vinho contra o rosto da mulher, que ao colocar a mão à frente do rosto para se defender, sofreu um corte profundo em um dos dedos. O caso foi revelado pelo UOL e confirmado pela CNN.
Veja abaixo:
A defesa alega que mesmo após ver o dedo da mulher cortado, Antony teria mantido a mulher sob cárcere privado, presa em uma quadra de futebol que o jogador tem em casa, “a qual é escura e tem a aparência de uma espécie de jaula”.
Veja:
À época das acusações, o jogador soltou um comunicado em suas redes sociais. Leia abaixo.
“Em respeito aos meus fãs, amigos e familiares me sinto na obrigação de me manifestar publicamente sobre as falsas acusações que tenho sido vítima. Desde o início tenho tratado esse assunto com a seriedade e respeito, prestando os devidos esclarecimentos perante a autoridade policial. O inquérito policial está sob segredo de Justiça, e, por isso, não posso tornar público o seu conteúdo. Contudo, posso afirmar com tranquilidade que as acusações são falsas, e que a prova já produzida e as demais que serão produzidas demostram que sou inocente das acusações feitas. Minha relação com a Sra. Gabriela era tumultuada, com ofensas verbais de ambos os lados, mas jamais pratiquei qualquer agressão física. A cada momento, seja em depoimento ou em entrevista, ela apresenta uma versão diferente das acusações.
Assim, venho veemente negar as acusações feitas e informar que permaneço à inteira disposição das autoridades brasileiras para esclarecer o que for necessário.
Confio que as investigações policiais em andamento demonstrarão a verdade sobre a minha inocência.”
Para o advogado Daniel Bialski, “há provas contundentes que não deixam dúvidas que Gabriela foi vítima, aqui no Brasil e na Inglaterra, de agressões físicas e psicológicas”.
Ainda em nota, a defesa afirmou que o jogador não entregou seu aparelho celular, e ainda, “dificultou, como pode, as investigações”.
Agora, o inquérito segue para análise do Ministério Público, que pode ou não, denunciar criminalmente o jogador.
A CNN não conseguiu localizar a defesa de Antony até a publicação desta reportagem.