O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva que confessou ter matado Ney Müller Alves Pereira, 42 anos, a tiros, em Cuiabá, na quarta-feira (9), teve a prisão convertida em preventiva nesta sexta-feira (11) e continuará preso.
A manutenção da prisão foi decidida em audiência de custódia presidida pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
Luiz Eduardo será transferido para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, onde, segundo informações da Polícia Civil, há estrutura adequada para recebê-lo.
O crime
O crime ocorreu em uma rua lateral à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no bairro Boa esperança, em Cuiabá no dia 9 de abril.
Testemunhas relataram que a vítima caminhava nas proximidades da universidade quando o veículo se aproximou.
O motorista teria chamado o homem pelo nome. Ao se aproximar do carro, ele o atingiu com um único tiro na cabeça e a vítima caiu na calçada.
Testemunhas acionaram uma equipe médica, mas a morte foi constatada no local.
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Imagens de câmeras de segurança registraram o crime. Veja o vídeo abaixo:
O que diz a defesa
A defesa do procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, feita pelo advogado Rodrigo Pouso, argumenta que o crime foi uma fatalidade, resultado de um incidente anterior em um posto de gasolina, onde a vítima teria danificado o carro do procurador.
O advogado alegou que o cliente é uma pessoa de boa índole, com histórico familiar e reputação social, e que se apresentou voluntariamente à polícia para confessar o crime.

A defesa nega que o crime tenha sido uma execução premeditada, alegando que houve um encontro casual entre o procurador e a vítima, e que o disparo foi acidental, atingindo a vítima enquanto ela se abaixava para atacar o carro.
O advogado ressalta que o cliente possui porte de arma, é trabalhador e está profundamente arrependido, comprometendo-se a cumprir as determinações legais.
O que diz a ALMT?
O presidente da ALMT disse que “não podemos banalizar o crime” e garantiu que irá tomar todas as medidas administrativas necessárias.