A 838 km de Cuiabá, Canarana guarda o novo “tesouro” da produção agrícola de Mato Grosso: o gergelim. O estado é o maior produtor nacional do grão, que é praticamente todo destinado à exportação.
De acordo com as estimativas da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), a safra 2023/24, no estado, deve ser 110,7% maior que na temporada passada.
As projeções apontam para uma colheita de 191,1 mil toneladas. Em termos de área, o salto é de 185,5 mil hectares para 382,1 mil hectares, ou seja, 106% de ampliação.
Um dos cultivadores desta iguaria é o produtor rural Alex Wisch, que começou o plantio na safra 2009/2010, com o pai e outro agricultor. Atualmente, a produção ficou por conta dele e do pai.
Na propriedade dele são cultivados cerca de 500kg/ha. A intenção é chegar a 1.500kg/ha. “É possível alcançarmos este patamar, mas ainda precisamos evoluir no cultivo e na colheita. Em Mato Grosso, temos um potencial enorme para a produção de gergelim”, comentou Alex.
Em Mato Grosso, o gergelim é plantado entre meados de fevereiro e meados de março. Logo após a colheita da soja. O produto é quase que totalmente destinado à exportação.
Isso porque, apesar da boa produção e de ser rico em vitaminas, magnésio, com inúmeros benefícios para a saúde, o gergelim não é consumido pelo povo brasileiro.
Durante o desenvolvimento da planta é necessário ter chuva, mas não tanto quanto no caso do milho e da soja. “Cerca de 250mm a 300mm de precipitação são suficientes. Agora, para a colheita já não pode estar chovendo”.
Canarana é, atualmente, a cidade que mais produz gergelim no estado, entretanto, as lavouras têm se expandido para outros municípios como Campo Verde e Poconé.
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