Uma explosão foi ouvida e fumaça foi vista sobre os subúrbios do sul de Beirute na madrugada de sábado (horário local), segundo testemunhas da Reuters, logo após os militares israelenses emitirem dois alertas para que os moradores deixassem a área.
O primeiro alerta convocou os residentes especificamente presentes em um prédio no bairro Burj al-Barajneh. O segundo alerta mencionava os presentes em um prédio no distrito de Choueifat.
O terceiro alerta mencionou edifícios nas áreas de Burj al-Barajneh e Haret Hreik.
Os ataques em Beirute ocorrem em meio ao intenso combate entre o grupo libanês Hezbollah e Israel, durante a escalada militar israelense no país.
Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute.
Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país. Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo. Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza.
O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns. Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas. No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques.
O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate. (editado)