TPI substitui juíza no caso que avalia pedido de prisão de Benjamin Netanyahu


O Tribunal Penal Internacional (TPI) disse nesta sexta-feira (25) que substituiu uma das juízas que compõe o painel de magistrados que avalia o pedido de mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, uma medida que pode levar a mais atrasos no caso.

A magistrada romena Iulia Motoc pediu para deixar o painel de três juízes por motivos de saúde nesta sexta e foi imediatamente substituída pela juíza eslovena do TPI, Beti Hohler, disse o presidente do tribunal.

Espera-se que a medida adie ainda mais a decisão no caso que é focado no conflito de Gaza, já que a nova juíza precisará de tempo para analisar os autos.

 

Em maio, os promotores pediram mandados de prisão para Netanyahu, seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e três líderes do Hamas, dizendo que havia motivos razoáveis ​​para acreditar que eles tivessem cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O tribunal não tem prazos definidos, mas em geral levou cerca de três meses para decidir sobre pedidos de mandados de prisão em casos anteriores.

A decisão já havia sido adiada por diversas rodadas de ações judiciais de Israel contestando a jurisdição do tribunal.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

Quase toda a população de Gaza foi deslocada em meio à nova ofensiva israelense



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