A morte do professor universitário Roberto Figueiredo, aos 68 anos, nesta sexta-feira (13), chocou Campo Grande, principalmente ex-alunos do historiador.
O corpo de Roberto, que também foi superintendente da Cultura, na capital, foi encontrado com marcas de perfuração no pescoço e pauladas na cabeça.
“A gente se sente muio triste, ele era uma pessoa muito legal, um cara tranquilo, acho que ninguém tinha restrição contra ele. Era um professor dedicado e a gente fica triste por ter sido uma morte trágica. É um momento de luto para todos os alunos”, destacou o aposentado Edelso Genova, ex-aluno.
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A UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), também lamentou a perda.
“É inegável a contribuição do professor Roberto Figueiredo para a cultura de Mato Grosso do Sul. Sempre foi um defensor ferrenho da construção da identidade do nosso Estado e, criativo e proativo, estava sempre com um novo projeto em vista, uma nova instalação, um novo espetáculo. Dom Bosco dizia que uma casa salesiana sem música e sem arte, era como um corpo sem alma; Roberto enchia nossa casa, a UCDB, de vida e sempre será lembrado por isso. Obrigado por dedicar sua vida à educação e à cultura”, exaltou o reitor da universidade, Pe. José Marinoni, na nota.
A advogada Carmem Dias Moraes também relembra dos momentos vividos ao lado do professor “Betinho” com muito carinho.
“O que vai ficar marcado é o companheirismo e a parceria do Betinho. Betinho era sinônimo de ‘poder contar’. Nós estávamos afastados há muitos anos. O que nos unia era um grupo de sessenta integrantes do Cultura e Arte da UCDB, um grupo de WhatsApp. Eu conheci Betinho no início da faculdade, em 2012. Nós convivemos por três anos seguidos, todos os finais de semana juntos. A casa do Betinho estava sempre de portas abertas para todos. Ele realmente abraçava todos nós; éramos como uma família. Eu tenho certeza absoluta que se eu ligasse pro Betinho hoje, ele me acolheria, me abraçaria”, declara a moça.
Morte professor universitário
O corpo de Roberto Figueiredo foi encontrado pela irmã, na madrugada desta sexta, na casa do historiador, na região dos Altos do São Francisco.
Uma das linhas de investigação da Polícia Civil é latrocínio, já que o carro da vítima – um Jeep Renegade -, o celular e uma televisão foram levados.