O Brasil enfrenta um dos períodos mais severos de seca, com boa parte do país coberta pela fumaça de queimadas.
Diversas capitais estão passando por longos intervalos sem chuvas, com destaque para Belo Horizonte, Brasília e Goiânia, que lideram o ranking, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, completou 150 dias sem chuva no último domingo (15).
Logo atrás, Brasília registra 146 dias, seguida por Goiânia, com 144 dias. Outras capitais, como Cuiabá e Palmas, também enfrentam uma estiagem prolongada.
Veja o ranking completo das 10 capitais que mais tempo estão sem chuva:
- Belo Horizonte (MG) com 150 dias
- Brasília (DF) com 146 dias
- Goiânia (GO) com 144 dias
- Cuiabá (MT) com 121 dias
- Palmas (TO) com 129 dias
- Teresina (PI) com 57 dias
- São Luis (MA) com 47 dias
- Fortaleza (CE) com 25 dias
- Manaus (AM) com 9 dias
A CNN questionou o Inmet sobre a possibilidade de precipitações nesta segunda-feira (16).
Qualidade do ar nas capitais
Em meio à estiagem, a qualidade do ar também se torna uma preocupação crescente.
Por volta das 12h, a CNN verificou os índices do Índice de Qualidade do Ar (AQI), a maior plataforma mundial de monitoramento de condições atmosféricas.
A classificação de qualidade do ar é baseada em uma escala numérica que vai de “bom” a “perigoso”, dependendo da concentração de poluentes no ar.
A qualidade do ar nas capitais com mais de 100 dias sem chuva apresentou os seguintes resultados:
- Belo Horizonte: 81 (moderado)
- Brasília: 60 (moderado)
- Goiânia: 77 (moderado)
- Cuiabá: 137 (não saudável para grupos sensíveis)
- Palmas: 90 (moderado)
Especialistas alertam que a baixa umidade do ar, intensificada pela falta de chuva, pode aumentar os casos de doenças respiratórias, especialmente em cidades onde a qualidade do ar está piorando.
Como se proteger?
Para a população mais afetada diretamente pelas mudanças do clima e queimadas, o Ministério da Saúde publicou um informe com orientações e recomendações para evitar a exposição da população à fumaça intensa. São elas:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas;
- Permanecer dentro de casa, evitando exposição às fumaças, e, se possível, manter janelas e portas fechadas e usar ar-condicionado e purificador de ar;
- Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes (entre 12h e 16h);
- Uso de máscaras N95, PFF2 ou P100, adequadas para reduzir a inalação de partículas finas. Também podem ser usados lenços, panos e bandanas para reduzir a exposição às partículas grossas da fumaça;
- Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral.
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