O centenário da icônica Helena Meirelles será celebrado com 4 dias de atividades que exaltam a importância da “Dama da Viola” na música e na história de Mato Grosso do Sul.
A programação inclui sessão solene na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), exposições, além do 3º Festival da Canção das Escolas Estaduais – Prêmio Helena Meirelles 100 anos. Tudo de graça! Confira abaixo.
Terça-feira (13/08) – Assembleia Legislativa de MS – Plenário “Deputado Júlio Maia”
- 19h: Sessão Solene em homenagem ao Centenário de Helena Meirelles e entrega das Comendas de Honra.
Quarta-feira (14/08) – Museu da Imagem e do Som (MIS)
- 19h: Exposição historiográfica – 100 Anos da Grande Dama da Viola.
Quarta-feira (15/08) – Concha Acústica Helena Meirelles
- 18h: Apresentação do Quarteto Instrumental Prelúdio. Maestro Eduardo Martinelli com participação especial da violeira Elizabeth Gonçalves (Corumbá, MS).
- 19h: Projeto contemplado pelo FIC “Centenário Helena Meirelles – A Lenda da Viola”, do artista visual Kelton Medeiros.
Quinta-feira (16/08) – Concha Acústica Helena Meirelles
- 19h: III Festival da Canção das Escolas Estaduais (SED – MS) – Prêmio Helena Meirelles 100 Anos.
Coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles, Wanda Brito ressalta a importância de divulgar a história de Helena Meirelles, especialmente para as novas gerações.
“As pessoas precisam conhecer mais sobre Helena Meirelles, especialmente os jovens. Muitos não sabem quem ela foi, descobrindo apenas após seu prêmio na revista norte-americana ‘Guitar Player’. Queremos mostrar um pouco dessa história e valorizar seu legado”.
Wanda Brito, coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles.
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Quem foi Helena Meirelles
Helena Pereira da Silva Meirelles nasceu em uma sexta-feira, dia 13 de agosto de 1924, na cidade de Bataguassu. Cresceu na região da vila ribeirinha Porto XV, rodeada de peões e violeiros. Foi em meio à rotina do campo que Helena aprendeu a tocar viola quando ainda era criança a contragosto dos pais.
Aos 17 anos, ela foge de casa e da cultura machista que insistia em tentar podar o talento dela.
Helena Meirelles ficou 30 anos desaparecida da família, período em que seguiu tocando polcas, chamamés e fandangos em bares, festas, bailes e até bordéis.
A cantora teve 11 filhos, se casou 3 vezes e “renasceu” após ser reencontrada doente por familiares e ser levada para a região metropolitana de São Paulo, na década de 1970.
O reconhecimento só ocorreu depois que um sobrinho de Helena enviou as músicas da tia para uma revista estadunidense. Foi então que, em 1993, quando já estava na casa dos 60 anos, que Helena foi reconhecida pela Guitar Player como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo.
Entre 1994 e 2004, Helena lançou quatro álbuns, se apresentou em programas e trabalhou com artistas como Almir Sater e Renato Andrade. No dia 28 de maio de 2005, em Campo Grande, a cantora morreu aos 81 anos em decorrência de uma pneumonia.
Em 2012, Helena ainda foi listada entre os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (Categoria: Raízes Brasileiras) da revista Rolling Stone Brasil.