100 anos se passaram desde o misterioso desaparecimento de Percy Fawcett, arqueólogo e explorador britânico que procurava por uma cidade mística, jamais vista, em Mato Grosso. O Primeira Página te relembra essa história, que inspirou outra: Indiana Jones!
A busca pela civilização desconhecida
A história misteriosa começa em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, cidade com fama esotérica e que possui até um discoporto, com espaço para pousos e decolagens alienígenas.
Anos mais tarde, uma estátua do explorador foi construída na cidade, como símbolo da passagem dele por Mato Grosso.
Percy Harrison Fawcett nasceu em 1987, no condado inglês de Devon. Em 1906, foi nomeado para liderar uma expedição na América do Sul e deveria mapear a fronteira do Brasil com a Bolívia, uma região turbulenta por conflitos entre indígenas e exploradores de borracha.
Assim, ele passou anos explorando a Bacia Amazônica, até a Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando teve que voltar à Europa.
Ao fim do conflito mundial, Fawcett resolve voltar ao Brasil em busca de uma ideia que pairava em sua mente: encontrar uma cidade antiga e misteriosa, com rica civilização em terras mato-grossenses.
Nos anos de 1920, o explorador sai de Cuiabá, capital do estado, ao lado do filho mais velho, Jack, e um amigo do filho, Raleigh Rimell.
Nessa época, ele escreveu uma carta para a esposa, dizendo que o trio ficaria fora da civilização durante as buscas pela cidade misteriosa, que durariam pelo menos um ano em meio, nas florestas de regiões como na Serra do Roncador e imediações do rio Xingu.
A Cidade Perdida de Z
Além de ter inspirado o famoso Indiana Jones, Percey Faewcett também foi o ponto de partida para o filme “A Cidade Perdida de Z”, lançado em 2017, baseado na obra do jornalista americano David Grann.
Em sua narrativa, o jornalista afirmou que Fawcett era o “último dos grandes exploradores vitorianos, que se aventuraram por reinos desconhecidos com pouco mais que um facão, uma bússola e um senso de propósito semidivino”.
Grann ainda cita viagens anteriores do explorador, que lhe deram a fama que possuía. Dentre essas viagens, o coronel e arqueólogo teria sofrido emboscada de indígenas, lutado contra piranhas, enguias, onças, crocodilos e sucuris, e ainda voltado com mapas de regiões das quais nenhuma expedição anterior voltou.
Corpo nunca foi encontrado
O “desfecho” dessa história foi que o trio realmente desapareceu durante as buscas em Mato Grosso e as tentativas de resgates não foram bem sucedidas, devido à falta de informações a respeito do plano de exploração.
Em 1936, a família teria aceitado que Percy, o filho e o amigo morreram durante as tentativas de encontrar a cidade misteriosa. Edward Fawcett, irmão mais velho de Percy, também desistiu de procurar por ele.
Mas Nina, a esposa, continuou com tentativas de encontrá-lo. Quando uma bússola de Fawcett foi achada, ela tinha certeza de que o coronel estava vivo. Mas ninguém se convenceu.
Até hoje, 100 anos depois de toda essa história, o corpo dele nunca foi encontrado e o mistério sobre seu paradeiro parece ser eterno.
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