A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está dando seu primeiro passo concreto para investigar promotores que supervisionaram os processos criminais contra os réus de 6 de janeiro após a promessa feita pelo republicano, durante a campanha presidencial, de buscar retaliação, de acordo com várias fontes que viram um memorando interno sobre o assunto.
Ed Martin, o procurador interino dos EUA em Washington, iniciou uma investigação sobre promotores que apresentaram acusações de obstrução contra alguns manifestantes que foram finalmente rejeitadas por causa de uma decisão da Suprema Corte no verão passado.
Referindo-se ao esforço como um “projeto especial”, Martin escreveu no memorando emitido nesta segunda-feira (27) que os advogados devem entregar “todas as informações que vocês têm relacionadas ao uso das acusações 1512, incluindo todos os arquivos, documentos, notas, e-mails e outras informações” a dois dos promotores de longa data do escritório que devem enviar um relatório sobre a investigação até sexta-feira (31).
A demanda por documentos também se estende aos promotores que deixaram o escritório do procurador dos EUA.
A mudança ocorre após o Departamento de Justiça já ter passado por turbulências, dado que autoridades ligadas a investigações de alto perfil foram realocadas, incluindo o caso agora arquivado contra o próprio Trump por seus esforços para anular a eleição presidencial de 2020.
A CNN entrou em contato com o Departamento de Justiça para comentar.
Martin é um ativista e comentarista linha-dura e socialmente conservador, organizador do movimento “Stop the Steal” (“Pare o Roubo”) e foi escolhido para o papel na semana passada. Desde que começou o trabalho, ele elogiou Trump por emitir perdões em massa para os réus de 6 de janeiro.