Na língua portuguesa, muitas expressões podem gerar dúvida por causa de semelhanças na escrita, na fonética e no significado. É importante conhecer as regras para saber usá-las de forma correta nas diferentes situações.
Como já abordamos aqui nesta coluna, dominar a Português é um grande diferencial na sua comunicação e contribui de forma significativa para a construção de uma imagem de autoridade, especialmente no ambiente profissional.
Ao entender as diferenças entre essas expressões, fica mais fácil evitar erros e aprimorar a escrita e a fala.
Abaixo, explicamos as principais diferenças entre 7 expressões e palavras que causam muitas dúvidas.
1 – Chego x Chegado
A confusão entre chego e chegado é uma questão de conjugação verbal e tempo verbal.
Chego: Forma do verbo chegar no presente do indicativo, ou seja, para descrever uma ação que ocorre no momento presente.
Exemplo: “Eu chego agora.”
Chegado: Forma do verbo chegar no particípio, usado em tempos compostos ou com verbos auxiliares, como ter ou haver.
Exemplo: “Ele tinha chegado antes de mim.”
Portanto: O correto é dizer “Ele tinha chegado quando eu comecei a reunião” (e não “Ele tinha chego quando eu comecei a reunião”)
2 – Perca x Perda
Perca e perda têm significados diferentes, apesar de se referirem a algo que se perde.
Perca: Forma do verbo perder no subjuntivo ou no imperativo, referindo-se à ação de perder.
Exemplo: “Espero que você não perca a viagem.”
Perda: Substantivo que se refere ao ato ou resultado de perder algo.
Exemplo: “A perda de um amigo é dolorosa.”
Então, o correto é dizer “A perda do emprego pode causar sofrimento” (e não “a perca do emprego…”)
3 – Haver x A ver
A diferença entre haver e a ver é significativa, apesar de parecerem semelhantes foneticamente:
Haver: Verbo que pode significar “existir” ou “ter ocorrido”.
Exemplo: “Havia um erro na planilha.”
A ver: Expressão que indica uma relação ou conexão entre coisas.
Exemplo: “Esse filme tem tudo a ver com a história do livro.”
4 – Faz x Fazem
Quando o uso do verbo for no sentido de tempo decorrido ou fenômeno da natureza, o uso sempre vai ser no singular, nunca no plural.
Exemplos:
“Já faz três anos que ele foi embora daqui”.
“Faz 35 graus neste momento em Campo Grande”
5 – Ah, sim x Assim
Embora ambas as expressões pareçam semelhantes, elas têm significados e usos diferentes:
Ah, sim: Expressão usada para confirmar ou entender algo que foi dito, geralmente após uma explicação.
Exemplo: “Eu vou ao supermercado. – Ah, sim, entendi!”
Assim: Usado para indicar uma maneira ou modo de fazer algo, ou para explicar uma ideia.
Exemplo: “Ele me explicou assim: ‘adicione os ovos e depois a farinha.“
6 – A gente x Agente
A confusão entre a gente e agente é bastante comum, mas a diferença é simples:
A gente: Expressão informal que se refere ao grupo de pessoas, geralmente no sentido de “nós”.
Exemplo: “A gente vai ao cinema.”
Agente: Substantivo que designa uma pessoa que desempenha uma função específica, como um profissional ou representante.
Exemplo: “O agente federal participou da operação de combate ao tráfico.”
7 – Mas x Más x Mais
A confusão entre mas, más e mais é uma das mais frequentes no português.
Mas: Conjunção adversativa que é utilizada para expressar oposição ou contraste.
Exemplo: “Quero ir à festa, mas estou cansado.”
Más: Adjetivo feminino plural de mau, utilizado para qualificar coisas ou pessoas negativas.
Exemplo: “As más notícias me deixaram preocupado.”
Mais: Advérbio de intensidade ou substantivo que expressa quantidade.
Exemplo: “Preciso de mais tempo para estudar.”
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