74,8% acham que tensão no Oriente Médio pode levar a guerra aberta, diz AtlasIntel


Mais de 74% dos brasileiros acham que a tensão no Oriente Médio pode levar a uma guerra aberta entre Israel e outros países da região, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada na edição deste sábado (28) do GPS CNN (sábados, 18h30).

O levantamento mostra que 74,8% das pessoas consultadas entendem que o conflito pode ser ampliado. Já 6,7% entendem que não, e 18,5% não souberam responder.

Os temores por uma guerra ampla no Oriente Médio aumentaram após Israel começar uma campanha de ataques aéreos contra o Hezbollah, no Líbano.

O grupo paramilitar é um dos mais fortes da região e recebe apoio do Irã.

Metodologia

Foram ouvidas 1.608 pessoas no Brasil entre 24 e 26 de setembro de 2024.

Das pessoas consultadas pela pesquisa, 55,4% são homens, e 44,6%, mulheres.

O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A metodologia utilizada foi o Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR).

Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate. 



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