Em agosto do ano passado, Aline Carvalho Fernandes, uma técnica de enfermagem de 29 anos, saiu de casa vestindo calça jeans, camiseta clara, boné e casaco de moletom amarrado na cintura e nunca mais voltou. Em fevereiro deste ano, Idenor Ribeiro, de 83 anos, saiu da casa da filha, onde morava, e também não retornou. Esses casos são apenas dois dos muitos desaparecimentos que ocorreram em Mato Grosso do Sul.
Segundo o Mapa da Segurança Pública, o estado teve o maior crescimento no número de desaparecidos nos últimos dois anos, com um aumento de 235,95% entre 2022 e 2023. Em 2023, foram registradas 1.411 pessoas desaparecidas. De janeiro a junho deste ano, já são 671 casos registrados.
Essa incerteza gera uma angústia profunda nas famílias, que encontram forças na esperança. Estatísticas mostram que mais de 1.500 pessoas foram encontradas no ano passado. Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Aline ou de Idenor pode entrar em contato com a Polícia Militar pelo 190.
História dos desaparecidos
A mãe de Aline, Nilma Carvalho Fernandes, relata que sua filha saiu de casa no dia 13 de agosto, um domingo à noite, dizendo que iria a um culto na casa de uma amiga no bairro Indubrasil. No entanto, Aline nunca chegou ao local e nunca havia mencionado essa amiga para os familiares.
Após sair de casa, Aline manteve contato via WhatsApp com a mãe, afirmando que voltaria logo. Logo depois, ela desligou o celular e não respondeu mais à mãe ou amigos. Aline tinha um emprego fixo na Santa Casa e não estava namorando. Em setembro do ano passado, com a morte do avô, a família esperava que ela aparecesse no velório, mas isso não aconteceu.
O caso de Aline está sob investigação da Polícia Civil, mas até agora não houve nenhuma informação relevante. A família não sabe se houve movimentação bancária na conta dela. Tios, primos e amigos distribuem cartazes pela cidade e informaram familiares no interior e agentes da PRF sobre o desaparecimento, mantendo a esperança de que Aline retorne ou que alguma pista surja.
Idenor Ribeiro saiu da casa da filha, onde morava, no dia 26 de fevereiro deste ano e não voltou mais. O idoso, que apresentava episódios de esquecimento e insônia, foi levado ao médico pelo genro, que suspeitou de Alzheimer e prescreveu medicamentos. Desde então, Idenor estava aos cuidados da filha e do genro. Após seu desaparecimento, os familiares registraram boletim de ocorrência e o caso também está sob investigação da Polícia Civil, mas sem nenhuma informação relevante até o momento.