Um militar do exército, preso suspeito de matar a ex companheira, Luciana Sodré, foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e homicídio tentado (visto que o filho do casal estava próximo à mãe no momento do crime), além de posse ilegal de arma de fogo.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu a investigação sobre o feminicídio da professora Luciana Sodré, de 50 anos, morta pelo ex-companheiro, de 52, em Elói Mendes, no Sul de Minas Gerais. Segundo a polícia, o crime foi premeditado e com ocultação de provas.
O crime aconteceu no dia 3 de julho desse ano e o suspeito foi preso em flagrante na cidade de Três Corações, onde residia.
Imagens de câmeras de segurança instaladas próximas à casa onde o crime ocorreu auxiliaram a polícia na elucidação da dinâmica dos fatos. Segundo a investigação, com as imagens, eles identificaram que o suspeito chegou à residência da vítima no dia 2 de julho, às 19h, e entrou sem ser percebido, já que ainda possuía as chaves do imóvel.
Ele permaneceu trancado em um quartinho, no subsolo da residência, onde ficavam os objetos pessoais dele após a separação. Desse local, o suspeito pôde acompanhar toda a movimentação da casa, inclusive a chegada dos moradores ao imóvel.
Por volta das 3h da madrugada, quando todos já estavam dormindo, o homem saiu do quartinho, foi até o andar onde ficam os quartos e retirou os celulares dos filhos que estavam carregando, para dificultar um possível pedido de socorro.
Em seguida, ele entrou novamente no quarto da vítima, que dormia com o filho mais novo, e atirou duas vezes contra a mulher. Conforme apurado, um disparo foi efetuado com a arma encostada na cabeça da vítima, e o segundo, quase atingiu o menino de 10 anos que dormia com a mãe.
Após o crime, por volta das 3h30, o homem saiu do imóvel e entrou em um terreno baldio que dá acesso à rua debaixo da casa.
Ainda com ajuda de imagens de câmeras de segurança da cidade de Três Coracoes, os policiais verificaram que o suspeito chegou a pé, às 5h14, na rua de trás da quitinete em que ele mora. Depois entrou em um lote baldio que fica atrás imóvel e pulou o muro dos fundos, para não ser visto pela câmera instalada à frente da quitinete.
Na quitinete do suspeito, os policiais encontraram roupas, mochila e um capacete sujos de terra, semelhantes às utilizadas pelo indivíduo quando saiu da casa da vítima após o crime.
Ao ser encontrado pelos policiais ele negou o crime mas recebeu voz de prisão.
No quarto que o suspeito mantinha na casa da vítima, ainda foram apreendidas seis armas de fogo, sendo que apenas três tinham registro.
Testemunhas relatam que o suspeito já teria ameaçado e agredido a vítima em diversas situações. A professora já teria feitos várias denúncias contra do homem mas não tinha uma medida protetiva contra ele.
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