Lojistas do Shopping Popular terão linha de crédito de até R$ 25 mil, diz prefeitura

A criação da linha de crédito para os camelôs foi definido após uma reunião nesta terça-feira (23). (Foto: Davi Valle/ Assessoria)


Para auxiliar na retomada das atividades, os 600 lojistas afetados pelo incêndio que consumiu o Shopping Popular de Cuiabá, terão acesso a uma linha de crédito de até R$ 25 mil.

A criação da iniciativa foi definida após uma reunião entre a Prefeitura de Cuiabá, a diretoria do Cuiabanco e a instituição financeira CrediSol, nesta terça-feira (23).

A criação da linha de crédito para os camelôs foi definido após uma reunião nesta terça-feira (23). (Foto: Davi Valle/ Assessoria)

Ao todo, serão desembolsados R$ 10 milhões para os camelôs vitimados.

Em entrevista, o prefeito da capital mato-grossense, Emanuel Pinheiro, informou que o decreto autorizando a abertura do “Crédito Popular” será assinado ainda esta semana e encaminhado para a Câmara de Vereadores de Cuiabá para votação.

“O objetivo, a meta da prefeitura, é ajudar na retomada, na reconstrução da vida desses camelôs, dos seus trabalhadores e de seus familiares. É um capital de giro para que eles possam comprar os produtos e dessa forma comercializá-los e tocar a vida adiante”, destaca Emanuel Pinheiro.

Com a aprovação, a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de julho, os camelôs já poderão iniciar o processo de solicitação de empréstimo.

Os comerciantes estão expondo os produtos na calçada da Avenida Carmindo de Campos. (Foto: Stephane Gomes/ TVCA)
Os comerciantes estão expondo os produtos na calçada da Avenida Carmindo de Campos. (Foto: Stephane Gomes/ TVCA)

A concessão dos créditos ocorrerá com base em análises individuais dos interessados. Para fazer a solicitação, os comerciantes deverão ir à sede do Cuiabanco, localizada na Rua Barão de Melgaço, esquina com a Rua Campo Grande, próxima à Prefeitura.

A linha de Crédito Popular será coordenada pela Secretaria Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, que, através das informações fornecidas pela Associação dos Camelôs do Shopping Popular, fará um levantamento do quantitativo, ramo de atividade e necessidades financeiras de cada lojista.

As exigências são possuir cadastro na modalidade de MEI (Microempreendedor Individual) e ser credenciado na Associação dos Camelôs do Shopping Popular.

Camêlos na Carmindo de Campos

Uma semana após a tragédia, ainda não há uma definição do espaço para o recomeço dos lojistas e com isso, cerca de 400 comerciantes estão expondo os produtos na calçada da Avenida Carmindo de Campos, uns com tendas e outros ao relento.

Inicialmente, a prefeitura de Cuiabá iria ceder o Complexo Dom Aquino, ao lado do Shopping Popular, no entanto o Ministério Público se posicionou contrário à decisão e orientou que os lojistas usem o espaço do próprio estacionamento.

Diante do impasse, alguns comerciantes estão negociando para se instalarem no Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, conhecido popularmente como Rodoviária de Cuiabá.

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De acordo com o coordenador da rodoviária, Selmo Oliveira, como o espaço está em processo de reforma com ampliação da área comercial, foi aberto espaço para negociação com alguns empreendedores do Shopping Popular.

“Com isso, avançamos com alguns deles, sendo observado a visitação de outros que também buscam oportunidade de se instalar. Já temos 4 [comerciantes] com contração em andamento e recebemos mais 6 interessados que estão no processo inicial da negociação”, explica Selmo.

De acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro, as tratativas continuam em torno da liberação do Complexo Dom Aquino para instalação provisória dos boxes dos comerciantes. Segundo a Associação dos Camelôs, os espaços usados seriam, um campo de futebol e a pista de atletismo.

“Nós estamos avançando no diálogo com o Ministério Público, através da promotora Maria Fernanda Correia da Costa, para encontrar o melhor caminho. Hoje, a própria Procuradoria do município está estudando entre concessão ou permissão. Se for concessão, exige autorização legislativa, ou seja, vou precisar convocar a Câmara Municipal. Se for permissão, basta o decreto do prefeito e aumentam-se as obrigações do permissionário, no caso os camelôs. Então, está sendo estudado o melhor mecanismo”, explica Emanuel.

Agora, o Shopping Popular está sob responsabilidade da Defesa Civil municipal, que aguarda a conclusão da perícia e os trabalhos da Politec. Assim que a perícia for concluída, um comunicado oficial será divulgado para a imprensa e também para a Defesa Civil.

Incêndio no Shopping Popular

O incêndio que ocorreu no dia 15, deixou o local, que abrigava cerca de 600 lojistas e mais de 3 mil funcionários, em ruínas.

A cronologia do incêndio mostra que as câmeras do Vigia Mais, em frente do Shopping Popular, registram as primeiras fumaças a partir das 2h26, do dia 15 de julho.

Imagem registrada durante a madrugada do dia 15. (Foto: Reprodução)
Imagem registrada durante a madrugada do dia 15. (Foto: Reprodução)

⛑ A 1ª ligação com pedido de ajuda que os bombeiros receberam foi às 2h46.

🔥 Cerca de 7 minutos depois do 1º chamado, os militares chegaram ao local e disseram que já encontraram o prédio tomado pelas chamas.

⏳ Do conhecimento do fogo, ao início do trabalho dos bombeiros, se passaram 27 minutos.

Existem relatos de câmeras internas dos lojistas que mostram gravações de 2 minutos, onde o fogo consumiu, no pequeno intervalo de tempo, toda a região que era filmada.

A investigação da Polícia Civil suspeita de que o fogo tenha sido causado por uma falha no sistema elétrico.

Os bombeiros aguardam a Perícia Técnica para avaliar toda a área que foi destruída pelo fogo. A assessoria do Shopping afirmou que ainda não tem a metragem que foi perdida.





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