Quem nunca retirou o pedaço estragado, ou com mofo, de uma banana e comeu o resto? Embora a intenção seja evitar o desperdício, do ponto de vista biológico isso pode ser perigoso, pois a fruta pode estar totalmente contaminada.
O Primeira Página conversou com o biólogo da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) especialista em ecologia, Daniel de Oliveira, que explicou o que acontece com um alimento parcialmente estragado.
“Um pequeno estrago na fruta não necessariamente compromete seu consumo, desde que a área danificada seja removida e o restante da fruta esteja em boas condições. É importante verificar se não há sinais de mofo ou decomposição que possam indicar uma contaminação mais extensa”, explica o pesquisador.
Mas quando o assunto é queijo, Daniel explica que depende do caso. Isso porque em queijos maturados, a presença de bolor pode ser normal e até desejável.
“Para a maioria dos alimentos, a presença de bolor é um indicativo de contaminação e deterioração. Em geral, é mais seguro descartar alimentos com sinais de bolor, pois algumas espécies de fungos podem produzir microtoxinas prejudiciais à saúde.” explica.
Por esse motivo, o biólogo orienta como escolher as frutas no mercado para evitar contaminação fúngica.
- Aparência: Procure por manchas escuras, descolorações ou crescimento de bolor.
- Cheiro: Alimentos contaminados frequentemente têm odores desagradáveis ou fora do comum.
- Textura: A presença de áreas moles, viscosas ou com aparência de decomposição pode indicar contaminação.
- Embalagem: Verifique se a embalagem está intacta e sem sinais de danos ou umidade, o que pode facilitar a contaminação fúngica.