A Secretária-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu pela paz entre os venezuelanos durante o dia de protestos organizados pela oposição e também pelo partido no poder, neste sábado (3).
As manifestações acontecem contra e a favor de Nicolás Maduro, após o chavista ser declarado reeleito segundo o Conselho Eleitoral Nacional, em uma votação contestada dentro e fora do país.
“Que todo homem e mulher venezuelano que hoje fala nas ruas encontre apenas um eco de paz, uma paz que reflita o espírito de coexistência democrática”, disse a OEA em comunicado compartilhado via X.
“Hoje pedimos que não haja mais um preso político, nem mais uma pessoa torturada, nem mais uma pessoa desaparecida, nem mais uma pessoa assassinada”, acrescentou a organização.
Comunicado de la Secretaría General de la OEA sobre la situación en Venezuelahttps://t.co/01UgS9banb pic.twitter.com/HGFPUgxHqf
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) August 3, 2024
Violência, presos e mortes em protestos
Depois de uma semana de tensão sobre os resultados da eleição presidencial na Venezuela, a polarização política tem se expressado nas ruas de várias cidades do país, com registros de episódios de violência e mortes.
A Human Rights Watch, organização internacional não governamental que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos, disse na quarta-feira (31) que tem “relatórios legítimos” de que houve 20 mortes, enquanto o Foro Penal tem um registo até o dia 1º de agosto de 11 mortes e 711 detenções.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que 1.062 pessoas foram detidas por relação com os protestos em todo o país que eclodiram contra os resultados das eleições presidenciais.
O procurador-geral ainda afirmou que 77 agentes da lei ficaram feridos em confrontos com manifestantes e que um sargento da Guarda Nacional morreu na terça-feira (30).