Sete países da União Europeia pediram, neste sábado (3), que o governo de Nicolás Maduro publique as atas de votação das eleições presidenciais na Venezuela, após as acusações de fraude e manipulação eleitoral.
A nota publicada pelo governo da Itália é assinada também pela França, Alemanha, Holanda, Polônia, Portugal e Espanha. Os países expressaram uma “profunda preocupação com a situação na Venezuela”.
“Apelamos às autoridades venezuelanas para que publiquem todos os registros de votação em tempo hábil, a fim de garantir total transparência e integridade do processo eleitoral”, diz o documento.
Os países também pedem que os direitos da população e de líderes políticos sejam respeitados durante o processo. “Condenamos veementemente qualquer prisão ou ameaça contra eles. A vontade do povo venezuelano, bem como o seu direito de protestar e de se reunir pacificamente devem ser respeitados”, diz a nota.
A declaração vem no mesmo dia em que o presidente Nicolás Maduro anunciou que mais de duas mil pessoas foram presas durante protestos contra o governo chavista.
Os países europeus entraram para a lista de nações que exigem a divulgação das atas. Os governos do Brasil, da Colômbia e do México divulgaram, nesta quinta-feira (1), um comunicado conjunto pedindo que a Venezuela divulgue os dados desagregados da eleição após “controvérsias”.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz o comunicado.
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